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quinta-feira, 3 outubro, 2024
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Houthis exige licenças para navios em águas estratégicas do Iêmen

Por Marina B.

Os navios agora serão obrigados a obter uma licença da Autoridade de Assuntos Marítimos do Iêmen, que é controlada pelos Houthis, antes de entrarem nas águas iemenitas, afirmou Misfer Al-Numair, ministro das Telecomunicações Houthis, nesta segunda-feira (4).

Desde meados de novembro, os militantes Houthis, têm lançado repetidamente drones e mísseis contra a navegação comercial internacional no Golfo de Aden, justificando suas ações em solidariedade aos palestinos contra os ataques de Israel em Gaza.

Esses ataques quase diários, têm obrigado as empresas a desvios longos e caros ao redor da África Austral, gerando preocupações de que o conflito entre Israel e o Hamas possa desestabilizar todo o Oriente Médio. Em resposta, os Estados Unidos e a Grã-Bretanha têm bombardeado alvos Houthi.

“Estamos prontos para responder aos pedidos de licenças e identificar navios junto à Marinha do Iêmen, enfatizando que isso visa garantir a segurança”, afirmou Al-Numair à Al Masirah TV, principal canal de notícias televisivo administrado pelo movimento Houthis do Iêmen, alinhado ao Irã.

As águas territoriais afetadas pela ordem iemenita se estendem até metade do Estreito de Bab al-Mandab, com 20 km (12 milhas) de largura, a entrada estreita do Mar Vermelho pela qual cerca de 15% do tráfego marítimo mundial passa a caminho ou proveniente do Canal de Suez.

Durante tempos normais, mais de um quarto da carga global de contêineres, incluindo vestuário, eletrodomésticos, autopeças, produtos químicos e produtos agrícolas como o café, passam pelo Canal de Suez.

O ex-secretário de Defesa dos EUA, Robert Gates, expressou ceticismo quanto à cessação dos ataques dos Houthis, aliados do Irã, mesmo em caso de um cessar-fogo que encerre as principais operações militares de Israel em Gaza.

Gates argumentou que os Houthis podem optar por continuar seus ataques, como forma de controlar o fluxo de navios pelo Mar Vermelho por tempo indeterminado.

Na segunda-feira (4), a HGC Global Communications, sediada em Hong Kong, divulgou que pelo menos quatro cabos de comunicação subaquáticos – Ásia-África-Europa 1, Europe India Gateway, Seacom e TGN-Gulf – foram danificados na semana passada no Mar Vermelho, sem especificar a causa.

A empresa estima que os danos afetaram 25% do tráfego de dados sob o Mar Vermelho e anunciou um plano para redirecionar o tráfego.

O ministério de Al-Numair atribuiu os danos aos cabos, aos ataques dos EUA e da Grã-Bretanha.

No incidente mais recente, a agência de Operações de Comércio Marítimo do Reino Unido relatou na segunda-feira (4), que um navio foi danificado por duas explosões, a 91 milhas náuticas a sudeste de Aden. Felizmente, não houve vítimas e o navio continuou sua rota para o próximo porto de chamada.

O Iêmen tem estado envolvido em conflito desde que os Houthis expulsaram o governo de Sanaa, capital do país, no final de 2014. A coalizão militar liderada pela Arábia Saudita interveio em 2015 com o objetivo de restaurar o governo.

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