Nesta terça-feira, 5, o Papa Francisco enviou uma mensagem aos líderes das Instituições e Organizações de Ajuda à Igreja na América Latina, que se encontram em Bogotá, na Colômbia, desde segunda-feira, 4. O encontro está programado para continuar até sexta-feira, 8.
Na mensagem, o Pontífice refletiu sobre o tema da gratuidade, destacando o desafio de dar sem esperar nada em troca, conforme ensina o evangelho. Ele observou que, embora seja natural esperar resultados quando se faz um esforço, a verdadeira gratuidade vai além desse entendimento, sendo definida como dar sem esperar recompensa.
Questionando como conciliar essas duas dinâmicas, o Santo Padre propôs uma abordagem baseada nas técnicas jornalísticas, formulando perguntas fundamentais: quem, o que, onde, como, quando e por que se dá. Ele começou indicando que a fonte da gratuidade é Deus, e que os seres humanos são apenas administradores dos bens recebidos.
Ao discutir o que Deus dá, o Papa destacou que tudo o que possuímos é proveniente de Deus ou é um sinal de Seu amor. Ele enfatizou que perder essa consciência pode distorcer a essência da gratuidade.
Em seguida, o Papa abordou a entrega de Deus aos homens, que ocorre desde a criação, e continua por meio da encarnação, da cruz e dos sacramentos. Ele ressaltou que Deus se entrega completamente ao seu povo.
Sobre o “como” e “quando” da entrega divina, o Pontífice enfatizou que Deus se doa sempre e totalmente, sem limitações, inclusive na Sagrada Comunhão. Ele enfatizou que a gratuidade implica em imitar o modo como Jesus se doou por completo, apesar da pobreza humana.
O porquê dessa entrega é o amor, que tudo suporta e espera. Por fim, o Papa destacou a importância da generosidade na prática diária das Instituições e Organizações de Ajuda à Igreja na América Latina, enfatizando que o esforço não é em vão, pois está alinhado à missão de Jesus de proclamar a liberdade aos oprimidos.
