Uma delegação do Hamas chegou ao Cairo no domingo (3), para participar de uma nova rodada de negociações sobre um possível cessar-fogo temporário, mas não fez comentários sobre as perspectivas de alcançar um acordo.
Os Estados Unidos expressaram otimismo quanto ao progresso em direção a um cessar-fogo. Autoridades norte-americanas reiteraram o que Joe Biden já havia afirmado – que agora é hora de o Hamas dar o sinal verde para um acordo que já foi “mais ou menos aceito” por Israel.
Apesar da pressão americana, um funcionário palestino, citado pela Sky News, deixou claro que o acordo ainda não está garantido, especialmente porque Israel continua sua ofensiva militar na Faixa de Gaza.
Israel não enviou sua delegação ao Cairo, alegando que o Hamas não forneceu a lista dos reféns ainda mantidos, especialmente os “mais vulneráveis” (aqueles destinados a serem libertados no âmbito do acordo), nem a lista dos prisioneiros palestinos que o Hamas deseja ver libertados em troca.
O Egito, que atua como mediador, sugere que, por enquanto, algumas questões possam ser temporariamente deixadas de lado, com a garantia de serem resolvidas em fases posteriores.
O objetivo é chegar a um acordo antes do início do Ramadã, marcado para 10 de março.
Na madrugada anterior, pelo menos seis palestinos foram mortos em um ataque aéreo israelense a um prédio residencial no leste de Rafah, elevando para 13 o número total de vítimas na última noite. Sete pessoas já haviam sido mortas em outro ataque israelense a uma casa no bairro de Khirbet al-Adas, em Rafah. As equipes de resgate da região continuam a procurar por sobreviventes e corpos nos destroços.
