A escalada dos confrontos entre Israel e o grupo terrorista Hamas nos últimos meses tem gerado uma onda de preocupação global sobre a situação no Oriente Médio. Os ataques devastadores e as perdas de vidas civis têm chamado a atenção, especialmente da comunidade evangélica, historicamente vinculada à história e ao destino do povo judeu.
Essa conexão estratégica não é por acaso, visto que o apoio de nações como os Estados Unidos, que possuem uma maioria evangélica e são a principal potência militar do mundo, desempenha um papel crucial na defesa de Israel contra seus adversários na região. No entanto, uma pesquisa liderada pelo Dr. Kirill Bumin, reitor associado do Metropolitan College, revelou uma tendência preocupante: o apoio a Israel entre os evangélicos americanos com menos de 30 anos diminuiu mais de 35% em apenas três anos, entre 2018 e 2021.
Para Bumin, essa queda no apoio pode ser atribuída à exposição dos jovens a mensagens anti-Israel disseminadas por diversas mídias seculares e redes sociais. Esse declínio, especialmente em meio aos recentes confrontos entre Israel e o Hamas, suscita questionamentos sobre o impacto dessas influências nas percepções dos jovens evangélicos em relação ao Estado judeu. O Dr. Yoav Fromer, diretor do Centro de Estudos dos Estados Unidos da Universidade de Tel Aviv, ressalta a importância do apoio dos evangélicos americanos para a segurança futura de Israel. Ele alerta que, sem o respaldo dos Estados Unidos, o futuro do Estado judeu pode estar em perigo.
“Sem os Estados Unidos, Israel não teria subsistido até hoje, e eu digo isso como israelense”, afirma Fromer. “Não sei se meus filhos terão um país para chamar de lar”. Nesse contexto, a atual ofensiva de Israel contra o Hamas vai além de uma mera resposta aos ataques, representando também um esforço para garantir a segurança e a continuidade do Estado, independentemente das mudanças nos apoios externos.
