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sexta-feira, 22 novembro, 2024
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Google na mira: 32 grupos de mídia movem ação judicial por perdas milionárias

Por Alexandre G.

A Alphabet, controladora do Google, enfrentou uma ação judicial movida por 32 grupos de mídia nesta quarta-feira (28), buscando uma compensação de 2,1 bilhões de euros (US$ 2,3 bilhões) devido alegadas perdas decorrentes das práticas da empresa em publicidade digital. A notícia foi divulgada pelo jornal britânico The Guardian, que está tentando entrar em contato com a empresa para obter mais informações.

Os grupos envolvidos na ação incluem editores de países como Áustria, Bélgica, Bulgária, República Tcheca, Dinamarca, Finlândia, Hungria, Luxemburgo, Holanda, Noruega, Polônia, Espanha e Suécia. Essa iniciativa acontece em um momento em que os reguladores também estão intensificando suas medidas contra os anúncios do Google. De acordo com um comunicado emitido por seus advogados, Geradin Partners e Stek, as empresas de mídia afirmam ter sofrido prejuízos devido a um mercado menos competitivo, resultante das práticas questionáveis do Google.

Os advogados destacam que, sem o abuso da posição dominante do Google, as empresas de mídia teriam gerado receitas consideravelmente mais elevadas com publicidade e teriam pago taxas mais baixas por serviços de tecnologia publicitária. Eles ressaltam que esses fundos poderiam ter sido reinvestidos para fortalecer o cenário midiático europeu.

Conforme relata o The Guardian, esse processo ocorre em um momento em que o principal negócio de publicidade do Google enfrenta desafios significativos devido à transição para o chat generativo de inteligência artificial. Em resposta, um porta-voz do Google afirmou que a empresa se opõe à ação, classificando-a como “especulativa e oportunista”. O porta-voz também enfatizou que o Google trabalha de maneira construtiva com os editores na Europa, adaptando e evoluindo suas ferramentas de publicidade em colaboração com eles.

O grupo de mídia escolheu entrar com a ação em um tribunal holandês, considerando a reputação do país como uma jurisdição chave para reclamações de danos antitrust na Europa e para evitar a apresentação de múltiplas queixas em diferentes países europeus.

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