Uma iniciativa para proteger os parlamentares de operações policiais, especialmente buscas e apreensões, está ganhando destaque no Congresso Nacional e pode avançar rapidamente. Proposta pela Mesa Diretora da Câmara dos Deputados, essa ideia surge em meio às pressões de diversos partidos após as recentes ações da Polícia Federal (PF) nos gabinetes de deputados.
Tanto líderes do centrão quanto membros da oposição, como o líder do PL-RJ, Carlos Jordy, e o deputado Alexandre Ramagem, têm sido alvos de buscas nos últimos meses. Diante disso, a cobrança por uma resposta do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), partiu de ambos os lados.
Segundo informações obtidas por Oeste, líderes do centrão apoiam a reação do Legislativo, enquanto partidos como PT e Psol mostram mais resistência. Lira busca alcançar um consenso entre os líderes para avançar com a proposta, inclusive discutindo o assunto com o presidente do Congresso Nacional, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG).
Uma das sugestões dos deputados é elaborar uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC), que modifique o foro privilegiado dos parlamentares. Dessa forma, crimes relacionados aos mandatos seriam julgados por outras instâncias antes de chegarem ao Supremo Tribunal Federal (STF).
Se os parlamentares optarem por seguir com a PEC, espera-se que o relator seja escolhido entre os membros do centrão, visando evitar conflitos entre governistas e opositores. No entanto, ainda não há consenso sobre o formato da proposta na Casa, se via PEC ou projeto de lei.
