A detenção do jornalista português Sérgio Tavares ao desembarcar no Brasil para cobrir a manifestação de apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro na Avenida Paulista, em São Paulo, no domingo (25), gerou uma reação imediata da embaixada de Portugal e protestos por parte da classe política portuguesa.
O partido Alternativa Democrática Nacional, sediado em Lisboa, foi o primeiro a emitir uma nota de protesto intitulada “Ditadura no Brasil contra o português Sérgio Tavares”, exigindo a intervenção imediata da embaixada portuguesa em Brasília diante da detenção do jornalista por motivos políticos.
Sérgio Tavares ganhou destaque no Brasil após sua entrevista com Bolsonaro, divulgada em seu canal no YouTube, que teve grande repercussão. Sua detenção e a apreensão de seu passaporte são atribuídas a esse episódio.
Após ser liberado pela Polícia Federal, Tavares divulgou um vídeo afirmando ter sido interrogado sobre assuntos que não lhe diziam respeito enquanto cidadão português, como Alexandre de Moraes, Flávio Dino, vacinas e os eventos de 8 de janeiro. Nas redes sociais, ele expressou sua indignação por ter sido tratado quase como um criminoso.
A nota de protesto da ADN critica a suposta perseguição da extrema-esquerda que apoia o presidente Lula da Silva, atribuindo-a à complacência do governo português e do presidente da República com criminosos condenados por crimes.