Nos corredores do Palácio do Planalto, uma diretriz clara foi estabelecida: ignorar por completo a manifestação convocada por Jair Bolsonaro em São Paulo, como se essa determinação autoritária da parte de quem não tem público, conseguirá ofuscar o brilho do evento na paulista.
Ministros garantiram à nossa coluna que o evento não receberá qualquer menção nas redes sociais, nem mesmo de maneira irônica.
No mês anterior, a Secretaria de Comunicação da Presidência usou os canais oficiais do governo para tecer comentários irônicos sobre a operação da Polícia Federal envolvendo o vereador Carlos Bolsonaro. Essa iniciativa foi duramente criticada por investigadores e até mesmo por membros do próprio governo, que consideraram inadequada a politização de uma ação policial.
Enquanto isso, o PT reagiu à convocação para a manifestação. O diretório estadual do partido em São Paulo apresentou uma representação junto ao Ministério Público Eleitoral contra o evento, alegando que o protesto poderia replicar episódios semelhantes aos do dia 8 de janeiro. Adicionalmente, PT, PSB, PDT e REDE divulgaram, na quinta-feira, um manifesto contra a manifestação e em defesa da democracia, o que não causou nenhum espanto e tão pouco surtiu algum efeito negativo no ato que foi um sucesso absoluto.