O ministro das Relações Exteriores de Israel, Israel Katz, expressou sua gratidão pelo apoio dos participantes da manifestação na Avenida Paulista, em São Paulo, no último domingo (25). Ao compartilhar uma foto nas redes sociais, onde a bandeira israelense estava hasteada ao lado da bandeira brasileira, Katz afirmou que “nem Lula conseguirá nos separar”.
Na semana anterior, após o presidente Lula (PT) comparar judeus a nazistas, o embaixador de Israel no Brasil, Daniel Zohar Zonshine, chegou a ser convidado para participar da manifestação convocada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
A Embaixada emitiu uma nota declarando respeito à liberdade de expressão no Brasil e preferindo “ficar fora do debate político interno”.
Israel Katz tem insistido em uma retratação do petista após as declarações de Lula, mesmo após críticas internas e internacionais. Lula, por sua vez, reiterou os ataques.
Durante o discurso no evento de domingo, Bolsonaro defendeu a pacificação do país e propôs um projeto de anistia para os presos das manifestações de 8 de janeiro de 2023. Ele também rebateu as acusações de planejar um golpe de Estado, feitas na operação Tempus Veritatis, conduzida pela Polícia Federal e pela Procuradoria Geral da República, autorizada pelo STF (Supremo Tribunal Federal).
Bolsonaro agradeceu a presença dos manifestantes, que já se calcula serem perto de 2,4 milhões e destacou que a imagem da manifestação terá repercussão global.
O pastor Silas Malafaia, organizador do evento e líder da Assembleia de Deus Vitória em Cristo, iniciou seu discurso repudiando as recentes declarações do presidente Lula sobre Israel, alegando que isso fez do Brasil uma “vergonha no mundo inteiro”. Malafaia afirmou que a fala de Lula “não representa o povo brasileiro” e destacou que Lula é o “único presidente de um país democrático que recebeu elogio de um grupo terrorista assassino, o Hamas”.