O ato de apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) na Avenida Paulista, em São Paulo, neste domingo (25), foi marcado pela presença de um público gigantesco, estimado por muitos em mais de 1 milhão de pessoas, e pela demonstração de sua força política.
Bolsonaro demonstrou sua liderança ao solicitar, ao convocar a manifestação, que não houvesse exibição de faixas provocativas ou ataques a opositores e ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). Ele percebeu que não era necessário recorrer a tais apelos para promover um evento que se tornou uma das maiores demonstrações de força política dos últimos anos no Brasil.
No mar de pessoas vestindo verde e amarelo e agitando bandeiras do Brasil e de Israel, não foram vistas faixas nem cartazes provocativos durante a tarde deste domingo. O evento contou com a forte presença de parlamentares, incluindo mais de uma centena de deputados e senadores, e de vários governadores, como Tarcisio de Freitas (Republicanos), o anfitrião, Jorginho Melo (Santa Catarina), Ronaldo Caiado (Goiás) e Romeu Zema (Minas Gerais).
Durante seu discurso no encerramento do “Ato em Defesa da Democracia”, Bolsonaro solicitou anistia para os detidos na Papuda, em Brasília, chamando-os de “pobres coitados”, muitos dos quais já cumpriram penas que ultrapassam os 17 anos de prisão.
O discurso mais inflamado foi proferido pelo pastor Silas Malafaia, um dos organizadores do evento, que criticou veementemente o ministro Alexandre de Moraes, do STF, afirmando não temer ser preso e enfatizando que a verdadeira vergonha é “ficar calado”.