O ex-presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, reuniu uma multidão de apoiadores na emblemática Avenida Paulista, em São Paulo, neste domingo, buscando demonstrar sua força política em meio a crescentes investigações que ameaçam sua liberdade.
Bolsonaro, um líder da direita, convocou a manifestação após ser alvo de uma operação policial relacionada a alegações de tentativa de golpe. Durante aproximadamente 20 minutos de discurso, ele optou por se defender e relembrar seu mandato anterior, evitando ataques a antigos opositores e ao Supremo Tribunal.
As acusações contra Bolsonaro incluem edição de um decreto para anular resultados eleitorais, pressão sobre líderes militares para apoiar um golpe e suposta conspiração para prender um juiz do Supremo Tribunal após sua derrota eleitoral em 2022.
Negando veementemente as acusações, Bolsonaro afirmou estar sendo perseguido e pediu anistia para os envolvidos no motim de janeiro de 2023. Ele enfatizou a importância da pacificação e da busca por um futuro de paz.
Durante o discurso, Bolsonaro, rodeado por uma multidão vestida com as cores verde e amarelo, além de bandeiras israelenses, também exibiu uma bandeira de Israel. Este gesto ocorre em meio a uma disputa diplomática entre o Brasil e Israel devido a comentários recentes do presidente de esquerda, Luiz Inácio Lula da Silva, sobre a guerra em Gaza.
A presença maciça de apoiadores e políticos aliados no comício visa mostrar que Bolsonaro ainda mantém uma forte base de apoio em um Brasil profundamente dividido. No entanto, sua situação legal e as investigações em curso continuam a ser uma nuvem sobre seu futuro político.
Enquanto alguns observadores acreditam que Bolsonaro está tentando se manter politicamente relevante, mesmo enfrentando o risco de prisão, outros enfatizam que o cenário político brasileiro permanece incerto diante das turbulências e polarizações.