Na tarde deste domingo (25), apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro se reuniram em parte da Avenida Paulista, em São Paulo, para demonstrar apoio em meio às investigações da Polícia Federal sobre uma suposta tentativa de golpe de Estado. O ato, convocado pelo ex-presidente, começou oficialmente às 14h, mas desde cedo a movimentação intensa já marcava presença na emblemática via paulistana.
A Avenida Paulista, um dos cartões postais da capital paulista, viu suas calçadas decoradas com bandeiras do Brasil, de Israel e de Bolsonaro, enquanto seus apoiadores vestiam camisas verde e amarelo. O Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand (Masp) permaneceu fechado devido à manifestação.
No último dia 12, Bolsonaro convocou seus seguidores para um “ato pacífico” em defesa do “Estado democrático de direito”, prometendo rebater todas as acusações feitas nos últimos meses. Ele pediu explicitamente que não levassem cartazes “contra quem quer que seja”, uma recomendação que ressoou entre os aliados durante toda a semana.
O convite para o ato surgiu após a PF implicar Bolsonaro e sua cúpula em uma suposta tentativa de golpe, apresentando evidências como um texto encontrado na sala do ex-presidente com argumentos para decretar estado de sítio e uma Operação de Garantia da Lei e da Ordem (GLO). Além disso, um vídeo de uma reunião ministerial foi citado como indício de uma suposta “dinâmica golpista” dentro do governo.
Manifestantes começaram a chegar à Avenida Paulista por volta das 10h, muitos deles em caravanas de diferentes estados do país. Ônibus estacionaram próximo ao Parque Ibirapuera e à Praça Charles Miller, onde os participantes se reuniram para expressar seu apoio ao ex-presidente. Com um forte esquema de segurança envolvendo 2 mil agentes da Polícia Militar, incluindo batalhões como Força Tática, Choque e Policiamento de Trânsito, a manifestação ocorreu sob atenção intensa.
