Os líderes da Hungria e da Suécia finalizaram um acordo de defesa na sexta-feira, que resultará na expansão da frota de caças de Budapeste, de fabricação sueca. Isso também abre caminho para a provável ratificação, pela Hungria, da candidatura da Suécia à OTAN, uma questão há muito adiada.
Após meses de tensões entre os dois países devido à recusa inicial da Hungria em apoiar a adesão da Suécia à OTAN, o primeiro-ministro sueco, Ulf Kristersson, viajou para Budapeste para uma reunião com o primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán. Essa reunião, tão aguardada, resultou em um acordo de defesa, que parece ser um ponto decisivo de reconciliação entre os governos.
O acordo envolve a venda de quatro caças JAS 39 Gripen de fabricação sueca para a Hungria, expandindo sua frota atual de 14 caças. Além disso, a Suécia fornecerá suporte técnico e serviços para esses caças.
Kristersson expressou sua satisfação com a cooperação aprofundada, afirmando que os caças Gripen são motivo de orgulho para a Suécia. Orbán, por sua vez, destacou que esses novos caças aumentarão significativamente as capacidades militares da Hungria e fortalecerão seu papel no cenário internacional, permitindo maior participação em operações conjuntas da OTAN.
Com esse acordo, a Hungria está mais próxima de ratificar a candidatura sueca à OTAN, prevista para ocorrer na segunda-feira, durante uma votação no parlamento. Essa votação é crucial, pois é necessário o apoio unânime de todos os membros da OTAN para admitir novos países, e a Hungria é o último membro da aliança que ainda não deu seu apoio.
Embora os meses de atraso da Hungria tenham sido motivados por desconfianças e tensões, Orbán destacou a importância de construir confiança entre os dois países. Ele ressaltou que ser membro da OTAN implica prontidão para solidariedade e cooperação mútua, e que o acordo de defesa contribuirá para reconstruir essa confiança bilateral.