Na quinta-feira, o parlamento da Albânia aprovou um acordo de migração com a Itália, abrindo caminho para o estabelecimento de dois centros de detenção para migrantes resgatados em águas italianas.
Com 77 membros votando a favor em uma legislatura de 140 assentos, o acordo de cinco anos foi ratificado, delineando a abertura de dois campos no país dos Balcãs. Um dos centros será dedicado à triagem dos migrantes à chegada, enquanto o outro os deterá durante o processamento de seus pedidos de asilo.
Sob os termos do acordo, os migrantes terão a opção de serem admitidos na Itália ou retornarem aos seus países de origem. Os campos poderão acomodar até 3.000 migrantes, com a possibilidade de processar até 36.000 pedidos de asilo por ano, considerando que o processamento pode levar cerca de um mês.
O acordo, assinado em novembro entre o primeiro-ministro albanês, Edi Rama, e sua homóloga italiana, Giorgia Meloni, reflete os esforços conjuntos dos países europeus para lidar com o crescente fluxo de migrantes. Apesar do endosso da Presidente da Comissão Europeia, Ursula Von der Leyen, críticas têm sido levantadas por grupos de direitos humanos.
A oposição albanesa também expressou forte oposição ao acordo após a votação de quinta-feira (22), com o líder da oposição de direita, Gazmend Bardhi, destacando preocupações sobre segurança nacional e integridade territorial, considerando o acordo prejudicial aos interesses públicos.