Os serviços de bondes e ônibus locais serão interrompidos durante parte da próxima semana em toda a Alemanha. O principal dia de greve está marcado para 1º de março, coincidindo com um evento planejado pelo grupo ambientalista Fridays for Future em prol da greve climática.
O sindicato Verdi anunciou nessa quinta-feira (22), que os trabalhadores dos transportes públicos locais, planejam greves em dias diferentes na próxima semana, em todos os estados, exceto na Baviera. O dia 1º de março foi designado como o dia principal de greve.
“Em diferentes estados federais, as greves ocorrerão em dias variados durante este período, geralmente abrangendo todo o dia e, frequentemente, se estendendo por vários dias”, afirmou Verdi.
Christine Behle, vice-presidente do Verdi, destacou que a falta de progresso nas negociações coletivas motivou o sindicato a convocar outra rodada de greves.
“Para avançar nas negociações, é crucial exercer uma nova pressão sobre os empregadores”, enfatizou. “Por isso, estamos instando os funcionários a tomarem medidas de greve coordenadas”.
Quais são as demandas dos trabalhadores?
Verdi, que representa cerca de 90 mil trabalhadores do setor de transporte, em cerca de 130 agências municipais de trânsito, está exigindo melhores condições de trabalho para os funcionários do transporte público. Além disso, suas reivindicações incluem a redução da jornada de trabalho semanal e o aumento do período de férias.
Embora o pessoal da Baviera esteja envolvido nas negociações, eles continuam sob contrato e não participarão das greves.
Nos últimos meses, os trabalhadores já realizaram várias rodadas de greves em meio a tensas negociações coletivas.
O grupo ambiental Fridays for Future Germany, expressou apoio à ação industrial e também planeja realizar manifestações em 1º de março, exigindo mais ações sobre as mudanças climáticas e investimentos adicionais no transporte público.
Qual é o contexto por trás dessas greves?
A Alemanha tem sido alvo de greves repetidas no setor de transportes recentemente. Em janeiro, o sindicato dos maquinistas GDL, organizou uma série de greves de vários dias para exigir horários de trabalho reduzidos e salários mais altos nas negociações contratuais com a Deutsche Bahn, a operadora ferroviária nacional.
Além disso, o pessoal de segurança aeroportuária e de solo realizou várias paralisações, causando interrupções em muitos dos principais aeroportos do país.