O Deutsche Pfandbriefbank (pbb), um banco alemão de médio porte sediado perto de Munique, está enfrentando problemas devido aos seus investimentos em propriedades comerciais nos Estados Unidos. Enquanto muitos bancos europeus evitaram esses ativos em grande escala, o pbb optou por abraçá-los, o que agora está se revelando uma fonte de preocupação.
As taxas de vacância em escritórios e instalações comerciais nos EUA estão mais altas do que em anos anteriores, em parte devido aos efeitos indiretos da pandemia de COVID-19 e à mudança para o trabalho remoto. Além disso, empréstimos mais restritivos, taxas de juros mais altas e inflação estão tornando o setor imobiliário menos atrativo.
O pbb possui empréstimos a clientes no valor de mais de 49 bilhões de euros, dos quais cerca de 15% estão vinculados ao imobiliário comercial nos EUA. Este mercado enfrenta incertezas significativas em relação às avaliações de propriedades comerciais, o que tem sido motivo de preocupação para investidores e agências de classificação de risco.
Em setembro passado, cerca de 12,8% dos empréstimos nos EUA foram considerados problemáticos, uma taxa muito mais alta do que a exposição ao risco na Alemanha. Isso levou a uma queda no preço das ações do banco para um mínimo histórico, com uma reavaliação negativa por parte de agências de classificação de risco.
Apesar desses desafios, o pbb afirmou sua solidez financeira e prometeu ter recursos suficientes para lidar com a recessão nos EUA. No entanto, a situação atual do mercado imobiliário comercial nos EUA está deixando investidores nervosos, embora alguns analistas acreditem que seja mais uma reavaliação de ativos do que uma crise financeira sistêmica.
Os investimentos imobiliários representam uma parte significativa dos rendimentos do pbb, que registrou uma queda nos lucros em comparação com anos anteriores. No entanto, o banco continua sendo moderadamente rentável e especializado em Pfandbriefe alemães, considerados seguros para os investidores.
Embora não seja o início de uma nova crise financeira, a situação atual destacará a resiliência dos bancos alemães e a eficácia das regulamentações bancárias em vigor.