O ex-diretor do Atlético-MG, agora diretor de Seleções da CBF, Rodrigo Caetano, concedeu uma longa entrevista coletiva na tarde desta terça-feira, para se despedir do Galo, na Arena MRV. Durante mais de uma hora, o executivo respondeu a perguntas e não fugiu do tema seleção brasileira. Entre as pautas, o resgate da identificação do torcedor com a Seleção, as primeiras impressões do trabalho na CBF e os desafios que irá ter.
“Está tudo muito cedo. Fui apresentado na sexta, na segunda fiquei o dia todo. É um momento, para quem trabalha na parte administrativa, de absolver informação.
“Tem que entender como a entidade funciona. É diferente de trabalhar em clube, na CBF. Não posso dar um passo além, chegar com um modelo de gestão formatado. É absolver informação, tirar um diagnóstico. Uma diferença favorável é que você tem um certo tempo”
“Tenho certeza que vamos, devagarinho, colocar nossa digital na forma de trabalho. Ainda está muito cedo. Tenho que entender, estudar como funciona, trocar informações com todos os departamentos. As minhas atribuições são da seleção masculina de campo. Dorival está fazendo um tour na Europa. Primeira abordagem dele com os atletas. Quero fazer uma visita em todas as capitais do Brasil, independente de time de Série A ou B.
Questionado se já teve tempo de conversar com o técnico da seleção principal, Dorival Jr., Caetano revelou que os dois estão se falando diariamente e também conversado com atletas.
- Claro, não só por telefone, vídeo. Todos os dias nos falamos. Claro que ele está fazendo observações, conversando com os atletas. É um momento dele. Eu estarei mais presencialmente durante os primeiros amistosos em Londres e Madri. Estamos reestruturando a equipe de trabalho. Comissão técnica, na contratação do Juan. Alguns outros braços que vamos convidar, além de analistas. Tem muito debate de profissionais a serem convocados. Queremos ter o melhor grupo de trabalho. O trabalho de um diretor é dar as melhores condições para o treinador escolher, convocar e definir os onze. E que não falte nada. Sexta estarei na Granja para as primeiras avaliações.
Outro ponto abordado durante as perguntas sobre seleção foi sobre resgatar a identidade e identificação do povo brasileiro com a Seleção. Na apresentação, o técnico Dorival Jr já havia falado da necessidade de aproximação ente torcedores e Seleção. Caetano reforçou o discurso.
- O Dorival, nos conhecemos desde a época que nos enfrentávamos no gramado, trabalhamos juntos duas vezes. Não podemos ser reativos, desde o discurso do Dorival, é a aproximar a seleção do Brasil, seja aqui ou nos jogos fora. Que todos tenham orgulho de representar o nosso país. O torcedor vai perceber se vai ter isso ou não. E o caminho para dar certo é passar essa mensagem. É o desafio, é gigante. O mundo está diferente, mas vamos tentar encorporar isso em todos.
Rodrigo também foi questionado sobre a possibilidade da Arena MRV, estádio do Atlético, seu ex-clube, ser palco de um jogo da seleção brasileira.
- Em relação aos estádios, confesso que não sentei ainda para ver. Tem uma decisão institucional e técnica. Não sei como vai ser definido, mas a Arena MRV é um dos maiores palcos do futebol brasileiro. Natural e legítimo de ser postulante a ter a seleção no futuro.
