A chegada dos agricultores gregos a Atenas, prevista para terça-feira (30), promete um protesto em grande escala diante do Parlamento. Eles expressam sua insatisfação com o impacto do aumento dos custos de energia, da concorrência externa e das recentes enchentes.
O protesto ecoa manifestações semelhantes em várias partes da Europa, incluindo França, Bélgica, Países Baixos, Polônia e Itália.
Apesar das negociações entre os sindicatos de agricultores e o governo conservador do primeiro-ministro Kyriakos Mitsotakis, as medidas anunciadas até agora não satisfazem as preocupações dos agricultores.
Na noite de segunda-feira (19), os agricultores alinharam seus tratores e caminhonetes ao longo das autoestradas e se reuniram em um ponto central na Grécia antes de seguir para Atenas.
Christos, um dos agricultores que protestam em Kastro, no centro da Grécia, expressou preocupações com os custos do combustível e da energia, destacando as dificuldades enfrentadas no ano passado, quando a produção agrícola foi severamente afetada.
Na manhã de terça-feira, dezenas de agricultores chegaram de barco ao porto de Pireu, vindos da ilha de Creta, enquanto mais eram esperados de outras regiões da Grécia.
A manifestação, agendada para as 15h30 GMT, visa aumentar a pressão sobre o governo, que ofereceu descontos nas contas de energia e prorrogou o desconto fiscal para o diesel agrícola até o final de 2024. No entanto, o governo afirmou que não há espaço fiscal para novas concessões neste ano, destacando os desafios econômicos enfrentados pelo país após uma década de crise financeira.
Mitsotakis afirmou que o governo já fez concessões significativas, mas os agricultores estão determinados a continuar pressionando por mais apoio.
