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quinta-feira, 3 outubro, 2024
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Cristão inocente escapa da morte após acusação de blasfêmia no Paquistão

Por Marina B.


As tensões sociais e religiosas que assolaram a região de Faisalabad, no Punjab paquistanês, recentemente deram lugar a um alívio depois que Younis Masih, cristão acusado de blasfêmia, foi declarado inocente, absolvendo-o das acusações e concedendo sua liberdade pela polícia.

Masih havia sido detido nos últimos dias sob a grave acusação de blasfêmia, resultante de uma queixa apresentada por Susan Fátima, uma mulher que o acusou de invadir sua casa, agredi-la e desrespeitar o Alcorão. A família de Fátima havia se convertido ao islamismo cerca de um ano e meio antes.

Após a acusação, Masih voluntariamente se entregou à polícia para esclarecer os fatos. Os cristãos locais, solidários com Masih, confirmaram sua inocência, afirmando que as acusações eram completamente falsas. Após uma investigação, houve uma reviravolta surpreendente no caso: Susan Fátima acabou sendo detida para investigações adicionais sobre o incidente. Este desdobramento ressalta a necessidade crucial de uma análise meticulosa para determinar a verdade e responsabilidade em casos de acusações de blasfêmia.

Em Faisalabad, a resolução favorável deste evento foi recebida com confiança pela comunidade cristã, especialmente pela maneira como as autoridades trataram o assunto, demonstrando um compromisso com a justiça e a proteção dos direitos de todos, independentemente de suas crenças religiosas. O caso de Masih também serve como um lembrete da importância de garantir processos judiciais justos e imparciais, especialmente diante do perigo de falsas acusações.

O pastor local Shakoor Alam, que reside em Jaranwala, sugeriu que por trás deste incidente pode haver uma disputa de terras, com a acusação de blasfêmia sendo utilizada como um estratagema para manipular a lei em vigor. Ele enfatizou a importância da polícia em descobrir a verdade e bloquear o uso inadequado das leis de blasfêmia em disputas pessoais.

Nasir Saeed, diretor da ONG “CLAAS”, enfatizou que o caso de Younis Masih destaca os abusos das leis de blasfêmia no Paquistão e elogiou a polícia por sua investigação perspicaz, resultando na libertação de Masih e na detenção de Fátima por suas falsas acusações. No entanto, ele alertou que casos como este não são raros e, se não forem investigados adequadamente, podem resultar em graves injustiças.

Os cristãos locais lembraram o ataque anterior ocorrido em Jaranwala, região de Faisalabad, onde dois cristãos foram acusados de blasfêmia, negaram veementemente as acusações e denunciaram a falsidade das alegações. Saeed concluiu que o novo governo do Paquistão, após as recentes eleições, deve realizar reformas legislativas para prevenir futuras injustiças e proteger os direitos de todos os cidadãos.

Conforme o Código Penal do Paquistão, o crime de blasfêmia é punível com a pena de morte ou prisão perpétua, de acordo com os artigos da Lei de Blasfêmia, que visam especialmente os ultrajes ao islamismo.

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