O deputado federal Alberto Fraga (PL-DF) protocolou um requerimento solicitando esclarecimentos do ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, a respeito de um possível aumento das contribuições públicas do Brasil à UNRWA – a Agência da ONU para Refugiados Palestinos. Fraga argumenta que a UNRWA é uma entidade que, segundo ele, incentiva o ódio contra os judeus e o terrorismo no Oriente Médio.
No requerimento, Fraga pede informações sobre o valor a ser doado, o período previsto para essas contribuições e quando elas serão realizadas. Ele também busca detalhes sobre os montantes das doações passadas do Brasil à UNRWA em dólares americanos, bem como as datas dessas contribuições. Fraga afirma que é necessário esclarecer essa questão, pois envolve financiamento público a uma agência da ONU em uma região de conflito. Ele destaca que diversos países suspenderam suas doações devido a possíveis ligações de aproximadamente 170 funcionários e uso de instalações da UNRWA para apoiar terroristas associados ao Hamas na Faixa de Gaza, além do envolvimentos direto desses funcionários em ações do dia 7/10 em Israel.
Recentemente, o presidente Lula (PT) defendeu novamente a UNRWA durante uma sessão do Conselho de Representantes da Liga Árabe no Egito. Lula afirmou que as recentes acusações contra funcionários da agência não devem paralisá-la, mesmo que pelo menos 12 dos 170 funcionários da UNRWA acusados de envolvimento, já tenham sido relacionados aos ataques de 7 de outubro de 2023, quando terroristas do Hamas invadiram Israel, resultando na morte de 1.200 pessoas e no sequestro de outras 239.
Ao reiterar o apoio financeiro à UNRWA, Lula minimiza as conexões dos funcionários da agência com o terrorismo. Um relatório do Wall Street Journal, baseado em informações de inteligência israelense, revelou que cerca de 10% dos funcionários da UNRWA têm vínculos com terroristas do Hamas ou da Jihad Islâmica. Considerando que a agência tem 12 mil funcionários na Faixa de Gaza, isso sugere que aproximadamente 1.200 empregados da UNRWA têm alguma relação com o terrorismo. A porcentagem é ainda maior quando se consideram apenas os funcionários do sexo masculino, alcançando 23%.