O ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, recebeu uma multa monumental de US$ 354,9 milhões e uma série de restrições após um veredito por fraude civil em Nova York. O juiz responsável também emitiu uma proibição de três anos, para Trump conduzir negócios no estado de Nova York, enquanto seus filhos, Eric e Donald Jr, foram sujeitos a proibições semelhantes, mas com duração de dois anos. Além disso, Trump e a Organização Trump foram impedidos de buscar empréstimos de qualquer instituição financeira em Nova York por três anos. Todas as penas cabem recurso.
O magistrado Arthur Engoron determinou anteriormente, que o ex-presidente inflou artificialmente sua riqueza, ao fornecer demonstrações financeiras enganosas a bancos, seguradoras e outras entidades para facilitar transações e garantir empréstimos. A procuradora-geral de Nova York, Letitia James, solicitou inicialmente US$ 370 milhões e a proibição de Trump e outros réus de fazerem negócios no estado em meio às acusações de fraude civil. O impacto financeiro potencialmente devastador dessa multa, pode abalar o império imobiliário de Trump, que supostamente foi utilizado como um pilar da sua chegada à presidência em 2016.
Os procuradores estaduais alegaram que Trump inflacionou sua riqueza em até US$ 3,6 bilhões, utilizando esses números exagerados para obter prêmios de seguro mais baixos e condições de empréstimo favoráveis, resultando em uma economia de pelo menos US$ 168 milhões em juros. Trump, no entanto, negou veementemente qualquer irregularidade, e seus advogados anunciaram planos de apelação.
Durante o julgamento, Trump desencadeou uma diatribe de seis minutos enquanto estava na testemunha, desafiando repetidamente as ordens do juiz, o que resultou em uma multa adicional de US$ 15 mil, por desrespeitar o tribunal. No entanto, apesar de suas alegações de que as demonstrações financeiras subestimaram sua fortuna, o juiz Engoron concluiu que eram fraudulentas.
Enquanto o processo avançava, Trump alegou repetidamente que estava sendo alvo de uma “fraude” e afirmou que as investigações eram injustas. Embora as penalidades resultantes do caso civil não incluam prisão, Trump continua enfrentando outras quatro investigações de natureza criminal.
Trump vem sendo perseguido desde que assumiu a presidência da república em 2017 e essa perseguição continua mesmo estando há três anos fora da Casa Branca, onde ele pretende retornar ao ser eleito novamente como presidente dos EUA, nas eleições de 2024.
