Hoje, agricultores italianos inundaram o centro de Roma em busca de mais apoio da primeira-ministra Giorgia Meloni e para bloquear políticas da União Europeia, que consideram prejudiciais ao seu setor.
Os agricultores estão se unindo em toda a Europa, da Polônia à França e Alemanha, para protestar contra os baixos preços dos produtos, o aumento dos custos, as importações baratas e as restrições impostas pelas políticas da UE, em resposta às condições climáticas adversas.
Na Piazza del Campidoglio, icônica obra de Michelangelo que abriga a prefeitura de Roma, um grupo de agricultores realizou um protesto barulhento, empunhando sinos e faixas, uma delas clamando: “Giorgia, ouça-nos!”
Os agricultores representam um eleitorado crucial para a coligação de direita de Meloni, que mantém uma forte relação com o principal lobby do setor, a Coldiretti. No entanto, os protestos atuais são liderados por grupos menores, sem tais conexões.
“Não tivemos nenhum apoio do governo até agora. Eles não estão do nosso lado”, disse Mattia Buzzone, um manifestante siciliano de 18 anos.
Mais tarde, outro protesto ocorreu próximo ao antigo Circus Maximus, envolvendo vários tratores.
Após protestos anteriores, nos quais tratores passaram pelo Coliseu e outros marcos romanos, o governo concordou em reintroduzir parcialmente uma redução de impostos, que havia sido cancelada para 2024.
Segundo um projeto de alteração visto pela Reuters e que deve ser aprovado pelo parlamento, rendas de terras até 10.000 euros (cerca de 10.770 dólares), serão isentas de impostos, com um desconto de 50% para rendas de terras entre 10.000 e 15.000 euros.
“Devemos ser recompensados porque pagamos muitos impostos… sempre temos que contar cada centavo. Não podemos continuar assim… mais cedo ou mais tarde, morreremos”, disse Daniele, um agricultor que preferiu não fornecer seu sobrenome.
