Nesta terça-feira, as operações no porto de Antuérpia, um dos principais portos de contêineres da Europa, foram severamente impactadas. Centenas de agricultores em tratores bloquearam as estradas ao redor do porto, em um protesto exigindo melhores salários e condições de trabalho, conforme relatado por autoridades locais.
O protesto ocorre em meio a uma série de ações semelhantes realizadas por agricultores indignados em toda a Europa, incluindo França, Bélgica, Países Baixos e outros países. Além das demandas por melhores salários e condições de trabalho, os agricultores também estão pedindo regras ambientais mais flexíveis e maior proteção contra importações de baixo custo.
Stephan Van Fraechem, diretor da associação de empresas portuárias Alfaport VOKA, afirmou à Reuters que as operações no porto foram fortemente interrompidas. Ele observou que nenhum carregamento pôde ser entregue ou retirado devido aos caminhões parados e aos funcionários enfrentando longas esperas para entrar.
Os prejuízos financeiros resultantes dessas interrupções, estão custando milhões de euros às empresas do porto, que estão sendo afetadas por um conflito no qual não estão envolvidas, acrescentou Van Fraechem.
Esses atrasos nas operações portuárias se somam aos desafios enfrentados pelas empresas de transporte marítimo, devido aos recentes ataques a navios no Mar Vermelho. Esses incidentes têm forçado as empresas a evitar o Canal de Suez e a escolher rotas mais longas, impactando ainda mais as cadeias de abastecimento.
Um porta-voz do porto confirmou que as estradas foram bloqueadas em vários pontos, resultando na interrupção do tráfego e em longas filas de caminhões.
Na França, o líder do maior sindicato agrícola do país, FNSEA, alertou que os protestos que ocorreram no setor no mês passado, bloqueando estradas em todo o país, poderiam recomeçar se o governo não tomar medidas adicionais para atender às demandas por melhores salários e condições de trabalho.
