A Universidade de Western Ontário, no Canadá, liderou uma pesquisa inovadora sobre a presença de água na Lua, trazendo à luz revelações surpreendentes. Contrariando conhecimentos prévios, o estudo, publicado na Nature Astronomy, sugere que a crosta lunar inicial, com mais de 4 bilhões de anos, possuía uma quantidade significativa de água.
A cosmoquímica e geóloga planetária Tara Hayden liderou a equipe que examinou um meteorito lunar chamado Península Arábica 007, proporcionando insights cruciais sobre a composição lunar bilhões de anos atrás. Utilizando essa amostra, originalmente classificada por Hayden durante seu doutorado no Reino Unido, a análise identificou a presença do mineral apatita, conhecido por conter elementos voláteis.
Essa descoberta desafia as conclusões anteriores baseadas nas missões Apollo, que consideravam a Lua totalmente seca. Hayden enfatiza a sorte de analisar um meteorito tão relevante, destacando sua química essencial para compreender os minerais portadores de água na Lua.
Ao desafiar a ideia anterior de uma Lua seca, a presença de apatita nas amostras aponta para uma composição variada da superfície lunar em diferentes regiões, sugerindo histórias únicas em cada área. O estudo destaca a necessidade de uma abordagem mais abrangente na exploração lunar para compreender melhor essas variações regionais. Apesar das descobertas, os pesquisadores reconhecem que há um longo caminho a percorrer para entender completamente a presença de água na Lua, enquanto aguardam ansiosamente o próximo estágio da exploração lunar.