As tropas russas conseguiram penetrar na disputada cidade ucraniana de Avdiivka, tentando agora consolidar suas posições. Pela primeira vez desde o início da invasão russa, soldados de Moscou foram avistados nas ruas de Avdiivka, que, desde outubro do ano passado, tem sido alvo de intensos ataques russos, resultando em sua quase completa destruição.
Essa localidade, estrategicamente localizada como porta de entrada para a cidade ucraniana de Donetsk, controlada pelos russos, permanece na linha de frente do conflito desde 2014, quando iniciou o confronto no leste da Ucrânia. Apesar disso, as tentativas anteriores das forças russas de conquistar Avdiivka foram todas mal sucedidas.
De acordo com informações da BBC, citando residentes e voluntários envolvidos na evacuação dos poucos habitantes restantes em Avdiivka, as tropas russas conseguiram dominar várias ruas na parte sul da cidade.
O líder da administração militar local, Vitaly Barabash, afirmou à emissora britânica que as forças do Kremlin entraram em pequenos grupos na penúltima semana de janeiro, alcançando apenas os subúrbios, mas foram expulsos desde então.
“Não houve uma entrada significativa. Embora tenham tido algum sucesso, a rua que todos mencionam, a rua Soborna, permanece sob nosso controle. Os afastamos”, enfatizou Barabash. De acordo com autoridades locais, somente em janeiro, os russos lançaram mais de 300 bombas aéreas guiadas em Avdiivka, transformando-a em uma cidade fantasma. Antes do conflito, mais de 30 mil pessoas viviam lá, mas o número reduziu para cerca de 1.600 habitantes no último verão. Agora, estima-se que apenas cerca de 1.000 pessoas permaneçam na cidade.
Enquanto isso, Emmanuel Macron, durante uma conferência sobre segurança europeia na Suécia, expressou preocupação com o custo potencialmente elevado de uma vitória russa na guerra da Ucrânia. O presidente francês destacou a importância de apoiar a Ucrânia nos anos seguintes, independentemente dos desafios que isso possa acarretar.
A Alemanha, enfrentando escassez de munições, adquiriu carros de combate Leopard 2 da Suíça para substituir veículos alemães enviados a Kiev. Embora os detalhes específicos do acordo não tenham sido divulgados, a Suíça anunciou o envio dos primeiros nove Leopard 2 para a Alemanha nesta terça-feira, com outros 16 a seguir nos próximos dias.