O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Antonio Guterres, afirmou neste domingo (28), que qualquer funcionário da ONU envolvido em atos de terror será responsabilizado, inclusive por meio de processo criminal. Isso surge em resposta a alegações de envolvimento de alguns funcionários de agências de refugiados, nos ataques do Hamas contra Israel em 7 de outubro.
Guterres pediu aos governos que continuem a apoiar a Agência das Nações Unidas para os Refugiados dos Palestinianos (UNRWA), mesmo após nove países terem suspendido o financiamento. Ele destacou que dos 12 funcionários da UNRWA implicados nos “supostos atos abomináveis”, nove foram demitidos, um foi confirmado como morto, e as identidades dos outros dois estão sendo esclarecidas.
Apesar de compreender as preocupações dos países que suspenderam as contribuições, Guterres apelou veementemente para garantir a continuidade das operações da UNRWA. Philippe Lazzarini, chefe da UNRWA, enfatizou que seria irresponsável sancionar toda a agência e a comunidade que ela serve com base em alegações de atos criminosos de alguns indivíduos, especialmente em um momento de guerra, deslocamento e crises políticas na região. Ele instou os países a reconsiderarem as suspensões de financiamento, argumentando que as vidas das pessoas em Gaza dependem desse apoio, e a estabilidade regional também está em jogo.
