A decisão de Charles Michel de não concorrer nas eleições europeias de 2024, foi anunciada três semanas após sua aceitação para liderar a lista do Movimento Reformista. Michel justificou sua retirada citando o aumento de “ataques pessoais”, após o anúncio de sua candidatura às eleições europeias.
O ex-presidente do Conselho Europeu, compartilhou a notícia em uma publicação no Facebook na sexta-feira (26), onde expressou sua preocupação com os “ataques pessoais, que estão cada vez mais sobrepondo-se à realidade”. Ele enfatizou que não será candidato nas eleições europeias e reafirmou seu compromisso em cumprir suas responsabilidades atuais com determinação até o final do mandato.
A decisão de Michel, que originalmente pretendia deixar o cargo para se dedicar às eleições europeias, gerou fortes críticas, inclusive de sua própria esfera política. A eurodeputada Sophie in’t Veld, da Renew Europe (centristas e liberais), criticou a decisão, alegando que o presidente estava “deixando o navio no meio de uma tempestade”.
Charles Michel, que sucedeu Donald Tusk à frente do Conselho Europeu em 2019, ocupava uma posição prestigiada, porém desafiadora, onde a busca por consenso frequentemente exigia manobras complexas. As eleições europeias, programadas de 6 a 9 de junho nos 27 países da União Europeia, serão cruciais para a renovação dos líderes das principais instituições da UE, refletindo o equilíbrio político resultante da votação.