Em 15 de agosto de 2023, um apagão nacional levantou sérias preocupações no governo federal, resultando na consideração da reestatização de empresas de energia. A ausência do Estado no setor foi identificada como um problema “sistêmico”, evidenciando a perda de controle em uma área estratégica. O incidente, que afetou o Sistema Interligado Nacional, durou cerca de quatro horas, exceto em Roraima, que não está conectado ao sistema nacional. Essa falha energética levou o Ministério da Justiça e Segurança Pública, a iniciar uma avaliação do fornecimento de energia, destacando a necessidade de abordar a situação sistêmica por meio de um grupo de trabalho em cooperação com o Ministério de Minas e Energia e a Agência Nacional de Energia Elétrica.
Após o mega-apagão em agosto, eventos similares ocorreram em São Paulo em novembro e dezembro do mesmo ano, aumentando as preocupações. Membros do governo federal, embora predominantemente contrários à privatização do setor, estão considerando a reestatização como uma resposta possível. A ideia encontra apoio entre governadores, deputados e senadores, especialmente aqueles alinhados ao Palácio do Planalto. Além das implicações eleitorais, a discussão sobre a reestatização destaca a necessidade de revisitar o papel do governo na gestão do setor de energia, especialmente diante da possibilidade de apagões recorrentes.
Os eventos pós-apagão em agosto, com ocorrências em São Paulo, geraram preocupações crescentes, levando o Ministério da Justiça e Segurança Pública a avaliar o fornecimento de energia. A iniciativa inclui a instauração de um procedimento pelo secretário nacional do Consumidor para analisar a situação, articulando um grupo de trabalho que envolve o Ministério de Minas e Energia e a Agência Nacional de Energia Elétrica. A discussão sobre a reestatização ganha força entre membros do governo federal, destacando a necessidade de reavaliação do papel do Estado no setor de energia diante dos desafios sistêmicos apresentados pelos apagões ocorridos em 2023.