A UNRWA (Agência das Nações Unidas para Refugiados Palestinos) anunciou nesta sexta-feira, que iniciou uma investigação sobre diversos funcionários suspeitos de envolvimento nos ataques ocorridos em Israel em 7 de outubro, atribuídos ao Hamas. Philippe Lazzarini, Comissário Geral da UNRWA, declarou que, com base em informações fornecidas pelas autoridades israelitas, tomou a decisão imediata de rescindir os contratos desses funcionários e lançar uma investigação para esclarecer os fatos. O número exato de funcionários envolvidos e a natureza de seu suposto envolvimento não foram revelados. Lazzarini destacou que qualquer funcionário da UNRWA envolvido em atos de terror será responsabilizado, incluindo por meio de processos criminais.
O governo israelense, através do porta-voz Eylon Levy, acusou a UNRWA de divulgar a notícia durante um momento em que a atenção mundial estava voltada para o Tribunal Mundial, que ordenou a Israel evitar atos de genocídio contra os palestinos e intensificar os esforços para ajudar civis em Gaza. O secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, foi informado das acusações e expressou horror com a notícia. Ele solicitou uma investigação completa para garantir que qualquer funcionário da UNRWA, envolvido ou cúmplice nos ataques de 7 de outubro seja demitido imediatamente e, se necessário, encaminhado para um processo criminal. Os Estados Unidos suspenderam temporariamente o financiamento adicional à UNRWA em resposta às alegações, afirmando estar extremamente preocupados.
A UNRWA, uma agência criada em 1949 para prestar assistência humanitária aos palestinos em várias regiões, enfrenta críticas das autoridades israelenses por supostamente alimentar o incitamento anti-israelense. O ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, elogiou a decisão dos EUA de suspender o financiamento adicional como um passo importante para responsabilizar a UNRWA. Os republicanos do Senado dos EUA criticaram a decisão da administração Biden de retomar o financiamento à agência, alegando preocupações sobre o histórico de empregar pessoas associadas a movimentos terroristas, como o Hamas. O chefe de política externa da UE, Josep Borrell, indicou que a União Europeia avaliará novas medidas com base nos resultados da investigação completa e abrangente.
