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terça-feira, 24 dezembro, 2024
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Governo da Alemanha enfrenta críticas após ataque à feira de Natal em Magdeburg

Por Alexandre Gomes

O governo alemão recebeu duras críticas após o ataque ocorrido em Magdeburg, na última sexta-feira (20), que resultou em cinco mortos e mais de 200 feridos. A administração de Olaf Scholz é acusada de não ter tomado medidas preventivas, apesar de alertas sobre o perfil violento do suposto agressor, um psiquiatra saudita de 50 anos.

Em editorial publicado neste domingo (22), o jornal Bild questionou as autoridades sobre a inação diante de “sinais importantes” de que o suspeito representava uma ameaça, exigindo explicações para a falta de ação.

O homem identificado como Taleb Jawad al-Abdulmohsen, de 50 anos, é o principal suspeito de atropelar os frequentadores da feira de Natal em Magdeburg, uma cidade do nordeste da Alemanha. O ataque aconteceu quase oito anos depois do atentado similar em Berlim, que matou 12 pessoas e feriu outras 48, sendo atribuído ao Estado Islâmico.

Al-Abdulmohsen, que vive na Alemanha desde 2006 e possui status de refugiado, é acusado de fazer publicações islamofóbicas e anti-imigração nas redes sociais. O psiquiatra também demonstrava apoio ao partido de extrema direita Alternativa para a Alemanha (AfD), e criticava o governo de Angela Merkel pela “islamização” da Europa.

A mídia alemã Der Spiegel revelou que os serviços secretos da Arábia Saudita haviam alertado sobre posts ameaçadores de al-Abdulmohsen, incluindo uma publicação em que ele mencionava o “preço” que a Alemanha teria que pagar devido ao seu tratamento dos refugiados sauditas.

Mesmo com tais alertas, a polícia alemã realizou uma “avaliação de risco” do suspeito, mas concluiu que ele não representava uma ameaça significativa. A situação piorou quando, na véspera do ataque, o saudita falhou em comparecer a uma audiência em Berlim, após ter causado tumulto em uma delegacia.

Partidos da oposição, como o AfD e o BSW, criticaram veementemente o governo por não ter dado a devida atenção aos sinais de alerta. A líder do AfD, Alice Weidel, pediu uma sessão extraordinária no Parlamento para discutir a “catastrófica” segurança no país, chamando a administração de “incompetente”.

O chanceler Olaf Scholz visitou o local do atentado no sábado para prestar homenagens às vítimas e afirmou que o governo tomará medidas contra aqueles que promovem o ódio. A ministra do Interior, Nancy Faeser, declarou que a única confirmação sobre o suspeito é seu perfil “islamofóbico”. Em entrevistas passadas, al-Abdulmohsen se identificou como ateu e criticou a educação islâmica rigorosa como a principal causa dos problemas enfrentados pelos muçulmanos.

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