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terça-feira, 26 novembro, 2024
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Governo promete cortes, mas aposta em aumento de impostos disfarçado

Por Alexandre Gomes

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, está sob os holofotes ao prometer cortes nos gastos públicos, mas a estratégia anunciada foca principalmente na redução dos chamados “gastos tributários” — isenções fiscais concedidas a empresas e setores da economia, segundo o Diário do Poder. Na prática, isso representa mais tributos para a sociedade, uma vez que o governo visa arrecadar o que deixa de entrar nos cofres públicos por meio desses benefícios.

Ajuste fiscal ou mais impostos?

Segundo o Ministério da Fazenda, os gastos tributários somam mais de R$ 150 bilhões ao ano. O corte dessas isenções foi apresentado como uma forma de ajuste fiscal, mas especialistas alertam que pode funcionar como um aumento indireto de impostos, penalizando setores que dependem desses incentivos para competitividade.

Haddad afirmou que, além de revisar os benefícios fiscais, pretende reavaliar:

  • Benefícios para militares e outros servidores.
  • Supersalários no funcionalismo público.
  • Contas da Previdência Social, um tema historicamente sensível.

Apesar disso, o plano oficial de cortes foi adiado duas vezes, gerando críticas de que o governo prioriza medidas arrecadatórias em vez de efetivamente reduzir despesas.

Cortes na prática ou só discurso?

As promessas de Haddad enfrentam ceticismo. A ideia de cortar benefícios fiscais esbarra em resistência de setores econômicos e políticos. Além disso, os planos de contenção de gastos anunciados não se concretizaram até o momento, alimentando a percepção de que o governo segue priorizando o aumento da receita por meio de impostos.

Críticos também destacam que a estratégia de atacar “gastos tributários” afeta diretamente a competitividade de empresas brasileiras, já pressionadas por uma carga tributária elevada e altos custos de operação. Sem ações claras para reduzir despesas públicas, o discurso de austeridade do governo perde credibilidade.

Adiado, mas ainda na pauta

Haddad, apelidado ironicamente de “Malddad” por opositores, sinalizou que o plano oficial será apresentado em breve. Enquanto isso, setores produtivos permanecem em alerta, temendo que o corte de benefícios fiscais agrave ainda mais o cenário econômico.

A estratégia do governo em tratar isenções como “gastos” tem gerado debates acalorados. Para críticos, o foco deveria estar em enxugar a máquina pública e combater ineficiências, não em medidas que afetam o setor produtivo e, por consequência, a geração de empregos.

A sociedade aguarda, com desconfiança, o detalhamento das ações prometidas, que podem impactar diretamente a economia e os contribuintes.

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