Walmart planeja cortar algumas de suas iniciativas de diversidade, equidade e inclusão (DEI), disse um porta-voz do varejista na segunda-feira, juntando-se a uma lista crescente de empresas que estão sentindo a pressão de grupos conservadores.
A Bloomberg News informou que o Walmart não levará mais em consideração raça e gênero para promover a diversidade ao conceder contratos com fornecedores e que a elegibilidade para financiamento não será avaliada com base no fornecimento de determinados dados demográficos pelos fornecedores.
O varejista reduzirá o treinamento de equidade racial, deixará de participar de classificações de um grupo de defesa LGBTQ e revisará seu apoio ao Orgulho e outros eventos, acrescentou o relatório.
Um porta-voz do Walmart confirmou a reportagem da Bloomberg.
“Estamos dispostos a mudar junto com nossos associados e clientes que representam toda a América”, disse o porta-voz.
O maior varejista do mundo agora se juntará a empresas como a Starbucks, JPMorgan Chase e Ford, que modificaram suas políticas DEI no último ano em resposta à pressão dos conservadores.
A ação do Walmart ocorre após uma publicação no X do ativista conservador Robby Starbuck, que divulgou as mudanças na política de DEI no Walmart antes da reportagem da Bloomberg.
Starbuck disse que escreveu ao Walmart na semana passada sobre “fazer uma matéria sobre conscientização local”, mas acabou tendo conversas produtivas sobre DEI com o varejista.
A Starbuck examinou e confrontou empresas sobre suas políticas de emprego.
Ford, Lowe’s, Harley-Davidson, fabricante de tratores Deere & Co e a cervejaria Molson Coors estão entre as empresas que disseram que acabariam com algumas políticas de diversidade após serem alvos da Starbuck, de acordo com o Financial Times, que entrevistou o ativista em setembro.