O banco americano Morgan Stanley rebaixou a classificação das ações brasileiras, passando de neutro para negativo, devido à piora do risco fiscal do país. Segundo o relatório do banco, o Brasil precisa reduzir as taxas de juros e corrigir a trajetória fiscal para evitar maiores problemas econômicos. Os analistas alertaram que a situação pode piorar antes de melhorar, destacando a necessidade de mudanças nas políticas públicas, com foco em investimentos e redução da dívida.
Enquanto isso, as ações da Argentina, Chile e Colômbia receberam uma classificação mais positiva, passando de neutras para positivas. O Morgan Stanley indicou que os mercados andinos apresentam bom valor e estão relativamente desatualizados em relação ao resto do mundo, o que pode representar uma oportunidade para investidores. A melhoria política na região também foi destacada como fator positivo para essas nações.
A mudança na perspectiva para a Argentina reflete o otimismo em torno do governo de Javier Milei, que tem adotado políticas econômicas mais voltadas ao mercado. Durante a Cúpula do G20, o presidente argentino se reuniu com a diretora-gerente do FMI, Kristalina Georgieva, que elogiou os esforços de Milei para estabilizar a economia e promover reformas. O FMI se comprometeu a apoiar a Argentina no processo de consolidação dessas conquistas.
Esse cenário reflete uma crescente divergência entre os mercados da América Latina, com o Brasil enfrentando desafios fiscais enquanto seus vizinhos parecem avançar com reformas econômicas mais bem-sucedidas. O rebaixamento das ações brasileiras e a valorização das ações argentinas refletem essas dinâmicas econômicas regionais em curso.