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sexta-feira, 22 novembro, 2024
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Castro cobra alívio da dívida do Rio com a União e maior apoio federal à segurança

Por Alexandre Gomes

Durante um evento promovido pelos jornais O GLOBO, Valor Econômico e a rádio CBN nesta quarta-feira (20), o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, fez duras cobranças ao governo federal. Aproveitando o contexto da Cúpula dos Líderes do G20, que ocorreu no Rio de Janeiro, Castro criticou a falta de efetividade nas ações tomadas pelo Brasil em relação a acordos internacionais e destacou os impactos da dívida do estado com a União sobre a pobreza e o desenvolvimento regional. Segundo o governador, a atual dívida do Rio de Janeiro, que chega a quase R$ 200 bilhões, impede o estado de investir em áreas essenciais, como educação, saúde e infraestrutura, agravando a desigualdade e a fome.

Em sua fala, Castro afirmou que os estados endividados, como o Rio, se tornaram “fabricadores de fome e pobreza”, citando o fato de que três dos quatro estados que mais contribuem com a União estão em regime de recuperação fiscal, com dívidas consideradas impagáveis. “Quem dera se o Brasil fosse generoso com os entes subnacionais como é com os entes internacionais”, disparou, sugerindo que o governo federal deveria adotar um tratamento mais justo e equilibrado para com os estados, especialmente em tempos de crise fiscal. O governador também criticou a demora e a falta de implementação dos compromissos discutidos no G20, afirmando que o Brasil precisa colocar em prática o que é acordado em reuniões internacionais para manter sua credibilidade.

Além da questão fiscal, Castro aproveitou o evento para cobrar mais atenção do governo federal à segurança pública, especialmente no que diz respeito ao combate ao tráfico de armas. O governador lamentou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva não tenha aproveitado a Cúpula do G20 para discutir o monitoramento do tráfico internacional de armas com líderes de países como os Estados Unidos e a Alemanha. Castro destacou que, somente neste ano, a Polícia Militar do Rio apreendeu 580 fuzis, a grande maioria proveniente dos Estados Unidos e entrando no Brasil por meio do Paraguai, Colômbia e Venezuela. “Eu faço um clamor ao presidente Lula: converse com a sua diplomacia. Precisa ir ao Paraguai, à Colômbia, à Venezuela e cobrar que esse monitoramento de armas aconteça”, afirmou, evidenciando a gravidade do problema para a segurança pública do estado.

Apesar das críticas ao governo federal, o governador também reconheceu o sucesso da Cúpula do G20 no Rio de Janeiro e destacou a capacidade do estado de sediar eventos de grande porte. “O Rio tem a capacidade de fazer bem feito, bonito e com qualidade”, afirmou, ressaltando a importância do legado histórico deixado por um evento que, segundo ele, reforça a imagem do estado como anfitrião de grandes encontros internacionais. O evento contou com o apoio de grandes empresas como JBS e Engie, além da colaboração do BNDES e L’Oréal.

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