O governo Lula anunciou a “Nova Indústria Brasil” com um aporte de R$ 300 bilhões até 2026 por meio do BNDES, gerando dúvidas e incertezas sobre sua eficácia e levantando temores de um possível retorno do risco fiscal. Economistas estão preocupados com a semelhança com políticas anteriores que impactaram negativamente as contas públicas, especialmente devido à forte participação do BNDES e suas memórias de políticas ultrapassadas, como os “campeões nacionais”. A ausência de métricas e restrições no uso de subsídios é apontada como uma falha, pois a história mostra que tais recursos frequentemente favorecem grandes empresas, em vez de estimular inovações.
A falta de um foco claro e a ausência de critérios restritivos sobre quem pode acessar os novos financiamentos subsidiados pelo BNDES, são consideradas lacunas na proposta. A experiência passada, em que recursos foram direcionados principalmente para grandes corporações, levanta dúvidas sobre a efetividade do plano em promover a “neoindustrialização” desejada. Economistas apontam que, para garantir o sucesso, é crucial adotar métricas claras, restrições no uso de subsídios e uma abordagem focada em setores alinhados às vantagens comparativas, aprendendo com experiências passadas que não foram bem-sucedidas.
O debate interno destaca a importância de interromper políticas públicas que não geram resultados positivos, direcionando o apoio para setores que aproveitam as vantagens comparativas do país. A ênfase em políticas industriais alinhadas a setores, como o agronegócio, é sugerida como uma abordagem mais eficaz para impulsionar o crescimento econômico. Dessa forma, busca-se um equilíbrio entre falhas de mercado e intervenções governamentais para promover a diversificação produtiva de maneira sustentável.
Após o anuncio do governo, a bolsa despencou e o dólar teve uma alta significativa, sinalizando a preocupação do mercado financeiro.