Depois de quase atingir os R$ 5,80 nesta quarta-feira (30), o dólar perdeu força no Brasil e fechou a sessão praticamente estável, após comentários do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, trazerem um pouco de alívio para as cotações, em um cenário de queda da moeda norte-americana no exterior.
O dólar à vista fechou o dia em leve alta de 0,03%, cotado a R$ 5,7640. Este é o maior valor de fechamento desde 29 de março de 2021, quando encerrou em 5,7681 reais. Em outubro, a divisa acumula elevação de 5,78%.
Às 17h05, na B3 o contrato de dólar futuro para novembro DOLc1 caía 0,03%, a R$ 5,760 na venda.
Mais cedo, a moeda americana chegou a atingir R$ 5,7921 (+0,51) às 10h28, marcando a máxima da sessão. Por trás do movimento de alta estavam novos dados fortes da economia norte-americana, que fizeram operadores reduzirem as apostas de cortes na taxa de juros pelo Federal Reserve nos próximos meses.
Já o Ibovespa encerrou o pregão com perda de 0,07%, aos 130.639,33 mil pontos. Durante o dia, o principal índice da bolsa de valores apresentou uma variação discreta, marcada pela alta das ações da Petrobras na esteira do avanço do petróleo no exterior, enquanto os papéis da WEG recuavam cerca de 5% após balanço trimestral.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta quarta-feira que houve convergência com a Casa Civil em torno da elaboração de medidas para controle de despesas públicas, e que elas terão “o impacto necessário para o arcabouço ser cumprido”.
Ele ressaltou, contudo, que o plano passa por análise jurídica e não deu prazo para apresentação. Diante da ausência de detalhes concretos do plano, o mercado continua sem dar o benefício da dúvida ao governo.
De acordo com a equipe da Levante Inside Corp, ainda resta saber o tamanho do pacote a ser enviado e aprovado pelo Congresso Nacional.