Demitido em setembro após acusações de assédio sexual, o ex-ministro dos Direitos Humanos Silvio Almeida expressa mágoa e solidão em relação aos ex-colegas do governo Lula, com os quais acreditava ter laços de amizade, segundo Igor Gadelha, do Metrópoles.
Desde sua demissão, Almeida se sente abandonado, relatando a aliados que muitos integrantes do governo não se manifestaram ou ofereceram apoio após as denúncias que resultaram em sua saída do cargo.
As alegações contra Almeida, que incluem importunação e assédio sexual, foram inicialmente divulgadas pela coluna de Guilherme Amado, do Metrópoles. Entre as vítimas está a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, que relatou um episódio de importunação durante uma reunião oficial sobre combate ao racismo, em maio de 2023. Segundo Anielle, durante a reunião, Silvio Almeida teria tocado suas pernas por baixo da mesa, com o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, presente no encontro.
Atualmente, Silvio Almeida permanece isolado em uma cidade do interior de São Paulo e, logo após sua demissão, passou alguns dias em um terreiro de candomblé, buscando conforto e reflexões em um momento de crise pessoal. Quase dois meses após a demissão, ele continua abalado com a situação e a falta de apoio de antigos colegas de governo.