O Departamento de Justiça dos Estados Unidos acusou Raul Gorrin Belisario, proprietário de uma rede de televisão venezuelana, por seu envolvimento em um esquema de lavagem de dinheiro de US$ 1,2 bilhão. O anúncio foi feito na quarta-feira, 24 de outubro.
Gorrin, de 56 anos, foi indiciado por um grande júri federal na Flórida, acusado de orquestrar um esquema para lavar fundos corruptos obtidos da empresa estatal venezuelana Petróleos de Venezuela SA (PDVSA). O esquema envolvia o pagamento de propinas a autoridades venezuelanas em troca de benefícios financeiros.
Propinas e lavagem de dinheiro
De acordo com as autoridades americanas, Gorrin desempenhou um papel crucial no esquema de corrupção, facilitando a lavagem dos fundos desviados da PDVSA. Ele teria pago centenas de milhões de dólares em propinas para garantir seu envolvimento no esquema, desviando recursos da estatal venezuelana.
A acusação ressalta a contínua preocupação das autoridades dos EUA com a corrupção e a lavagem de dinheiro envolvendo a elite venezuelana, especialmente em meio à crise econômica e política que afeta o país.
As investigações sobre Gorrin fazem parte de um esforço mais amplo das autoridades norte-americanas para combater a corrupção e a má gestão de recursos na Venezuela, que contribuíram para o colapso econômico do país nos últimos anos. O caso de Gorrin não só destaca o alcance da corrupção em torno da PDVSA, como também reforça a pressão internacional sobre o governo venezuelano e seus aliados.
A acusação contra Gorrin é mais um capítulo nas tensões entre os EUA e a Venezuela, com o governo americano buscando responsabilizar os envolvidos em esquemas de corrupção e lavagem de dinheiro ligados ao regime de Nicolás Maduro.