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quinta-feira, 24 outubro, 2024
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BRICS define lista com 13 países convidados e deixa Venezuela de fora, apesar da presença de Maduro

Por Alexandre Gomes

O bloco de países emergentes BRICS definiu nesta quarta-feira, 23 de outubro, uma nova categoria de associação e uma lista com 13 países convidados, excluindo a Venezuela, apesar da presença de Nicolás Maduro na cúpula realizada em Kazan, Rússia. Os países potencialmente convidados incluem Argélia, Belarus, Bolívia, Cuba, Indonésia, Cazaquistão, Malásia, Nigéria, Tailândia, Turquia, Uganda, Uzbequistão e Vietnã. A entrada da Venezuela foi bloqueada nos bastidores pelo governo brasileiro, mesmo com o apoio da Rússia e da China ao país sul-americano.

Brasil e o bloqueio da Venezuela

Embora o governo brasileiro não tenha declarado oficialmente ter vetado a entrada da Venezuela no BRICS, diplomatas indicaram que houve uma objeção explícita. Instruções vindas diretamente do presidente Lula e de seu assessor especial, Celso Amorim, sugeriram que o Brasil não apoiava o plano de inclusão venezuelano. O incômodo de Lula com a deterioração das relações entre Brasília e Caracas, agravado por recentes provocações de Maduro, como a insinuação de que Lula estaria envolvido com a CIA, influenciou a decisão brasileira.

Apesar de Lula e Amorim terem defendido os chavistas no passado, os esforços para mediar um entendimento político na Venezuela falharam, e o governo brasileiro ainda não reconheceu Maduro como vencedor das eleições de julho, consideradas suspeitas de fraude.

Apoio russo e pressão venezuelana

Maduro, que participou de uma reunião bilateral com Vladimir Putin, tentou intensificar a pressão para que a Venezuela fosse incluída no BRICS, destacando que o país já pratica “todos os princípios” do bloco e que “está no caminho do equilíbrio do mundo”. Putin reforçou que a Venezuela é um parceiro confiável da Rússia e expressou apoio ao desejo de Maduro de ingressar no grupo.

A Venezuela foi convidada por meio de uma carta de Putin, mas, mesmo com esse suporte, não conseguiu garantir seu lugar entre os novos países parceiros.

Expansão e relevância do BRICS

Os líderes do BRICS avaliaram manifestações formais de adesão de 33 países. A Declaração de Kazan formalizou a criação da categoria de “Países Parceiros”, permitindo que os novos membros sejam associados ao bloco sem terem necessariamente o poder de veto. Entre os critérios considerados para os convites estavam relevância política, distribuição regional e alinhamento com a agenda de reforma da governança global e das instituições financeiras internacionais.

O Brasil, que assume a presidência rotativa do BRICS em janeiro de 2025, indicou preferência por um número limitado de novos associados e não vê a ampliação do grupo como um movimento contrário aos interesses do Ocidente.

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