A prévia da inflação, medida pelo IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15), registrou uma alta de 0,54% em outubro, acelerando em relação a setembro, quando a taxa foi de 0,13%. O dado foi divulgado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta quinta-feira, 24 de Outubro.
Aumento acumulado
No acumulado dos últimos 12 meses, o IPCA-15 subiu para 4,47%, um aumento em relação aos 4,12% observados até setembro. Com esse resultado, a inflação se aproxima do teto da meta estabelecida pelo Banco Central (BC), que é de 3%, com uma margem de tolerância de até 4,5%.
Pressão nas contas de luz
Um dos fatores que mais pressionaram o índice foi o aumento nas tarifas de energia elétrica. Os custos com eletricidade foram um dos principais responsáveis por puxar a inflação para cima, impactando diretamente o orçamento das famílias.
Preocupações com a Selic
O Banco Central, responsável por controlar a inflação e manter o poder de compra da população, aumentou a taxa básica de juros, a Selic, de 10,5% para 10,75% em setembro. A elevação faz parte de uma estratégia para conter a alta dos preços. O BC já indicou que novos ajustes nos juros podem ocorrer nas próximas reuniões, mas não detalhou a intensidade dessas altas.
Sinal de alerta para a Economia
A aceleração da inflação, especialmente impulsionada por itens essenciais como a energia, pode levar a novas revisões nas expectativas para o final do ano e também na política monetária. Com o IPCA-15 superando a meta de inflação, a pressão sobre o Banco Central aumenta para que o ciclo de altas na Selic continue, o que pode ter impacto no crescimento econômico e no consumo.
A situação reforça a necessidade de ajustes econômicos mais coordenados para equilibrar o combate à inflação e a retomada do crescimento.