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sexta-feira, 18 outubro, 2024
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Haddad e Tebet vão tentar persuadir Lula a apoiar pacote fiscal, diz Estadão

Por Alexandre Gomes

Com o objetivo de conter o crescimento dos gastos públicos, a equipe econômica alinhou as propostas que pretende apresentar ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva após o segundo turno das eleições municipais. Nesse sentido, os ministros Fernando Haddad, da Fazenda, e Simone Tebet, do Planejamento, estão agora preparando os argumentos para persuadir Lula a apoiar a agenda de credibilidade associada ao novo arcabouço fiscal. As informações são do jornal Estadão.

A lista de medidas de contenção inclui mais de uma dezena de iniciativas, abrangendo áreas como educação, saúde, Previdência e benefícios para militares. Segundo um auxiliar do presidente ouvido pelo jornal, o pacote será “robusto”, visando oferecer opções para que o presidente decida quais ações deseja implementar.

Membros da equipe econômica disseram que as iniciativas não miram o cumprimento da meta do próximo ano, e que o alvo é 2026, quando analistas que acompanham as contas públicas afirmam que não será mais possível cumprir as regras do arcabouço fiscal. A incerteza que predomina nos mercados faz com que o governo tenha de arcar com juros mais altos para financiar a dívida pública e provoca insegurança que se traduz em desvalorização do real.

De acordo com a reportagem, integrantes da equipe econômica defendem que é preciso avançar gradualmente em uma agenda de revisão estrutural das políticas públicas, e que nem todas as medidas precisam ser aprovadas de imediato.

Apesar da lista de ações ser extensa, a aprovação de duas medidas mais relevantes já permitiria uma economia de cerca de R$ 40 bilhões, tornando o novo arcabouço fiscal viável. Caso todas as propostas não sejam aprovadas ainda neste ano, elas podem ser adiadas para o início de 2025, desde que entrem em vigor até 2026.

Os auxiliares do presidente destacam que há um momento oportuno para convencer Lula da necessidade de controle de gastos. Isso se deve à recente conclusão de um pente-fino nas despesas do Bolsa Família e da Previdência, com uma economia estimada de R$ 25 bilhões para o ano que vem. Com essa fase já superada, o foco agora precisa ser a revisão de gastos, o próximo passo necessário.

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