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segunda-feira, 25 novembro, 2024
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Lula recebe banqueiros no Planalto para discutir agenda econômica

Por Alexandre Gomes

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebe hoje, no Palácio do Planalto, os presidentes dos maiores bancos privados do país para discutir a conjuntura econômica e o acesso ao crédito, em um momento marcado por desconfiança e críticas ao governo. A reunião, que conta com a presença de figuras de destaque do setor financeiro, como Isaac Sidney (presidente da Febraban), Luiz Trabuco (Bradesco), Milton Maluhy (Itaú Unibanco), Mário Leão (Santander), e André Esteves (BTG Pactual), ocorre em um contexto de crise de confiança no governo, que falha em estabelecer políticas econômicas eficazes.

A pauta do encontro, que teoricamente visa discutir o acesso ao crédito e possíveis ajustes no crédito consignado, é vista com ceticismo, já que as medidas até agora implementadas pelo governo Lula não demonstram um compromisso concreto com a estabilidade econômica. A proposta de “leilão” de juros para reduzir as taxas do crédito consignado pode parecer, à primeira vista, uma tentativa de incentivar a competição, mas críticos apontam que o excesso de intervenção estatal no setor financeiro, somado à gestão confusa da economia, afasta os bancos de fornecerem condições realmente melhores aos consumidores.

A reunião também se dá em meio à disputa sobre as taxas de juros do crédito consignado para aposentados e pensionistas do INSS, reduzidas pelo governo em uma série de intervenções unilaterais, resultando na insatisfação do setor financeiro. Com a taxa fixada em 1,66%, muito abaixo das expectativas do mercado, as instituições bancárias criticam o governo por interferir diretamente nos juros, sem considerar o impacto de medidas como o aumento da Selic e as dificuldades para manter a rentabilidade.

Essa situação revela um governo que promete redução de juros, mas não atua de forma responsável para promover um ambiente de estabilidade econômica. Em vez disso, a gestão de Lula se caracteriza por uma série de ações populistas que, na prática, têm dificultado o diálogo com o setor privado e gerado incertezas.

Outro ponto crítico é o elevado spread bancário, que Lula prometeu reduzir durante a campanha, mas até agora nenhuma medida concreta foi tomada para atingir esse objetivo. Enquanto o governo se concentra em propostas como a ampliação da faixa de isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil, uma promessa que ainda está no papel, a população continua sofrendo com o alto custo de crédito, e as instituições financeiras mantêm seus elevados lucros sem que haja uma real melhora nas condições para os consumidores.

Por fim, a regulamentação das apostas online também pode ser discutida na reunião, especialmente no que se refere ao impacto social e econômico dessas plataformas. No entanto, os críticos do governo questionam a eficácia de Lula em tratar questões tão complexas, uma vez que, até agora, o Palácio do Planalto tem se mostrado mais preocupado em criar soluções paliativas do que em atacar os problemas estruturais da economia brasileira.

Em resumo, a reunião de hoje, longe de ser uma oportunidade de resolver os problemas econômicos do país, expõe mais uma vez a dificuldade do governo Lula em formular e implementar políticas econômicas coerentes e eficazes. O diálogo com os bancos, por mais necessário que seja, ocorre num cenário em que as ações do governo têm gerado mais incertezas do que soluções, prejudicando tanto a economia quanto o futuro dos brasileiros.Show less

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