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quarta-feira, 16 outubro, 2024
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Livre mercado impulsiona safra recorde de arroz no Rio Grande do Sul

Por Alexandre Gomes

Os agricultores do Rio Grande do Sul, responsáveis por 80% da colheita nacional de arroz, estão colhendo os frutos de um ambiente de livre mercado que, aliado a fatores climáticos favoráveis, impulsiona a produção. Segundo o primeiro boletim de 2025 da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a produção de arroz no Brasil deverá crescer 14%, chegando a 12 milhões de toneladas, a maior colheita dos últimos oito anos.

O Rio Grande do Sul, com uma estimativa de 9,6 milhões de toneladas, é o principal motor desse aumento. O presidente da Federação das Associações de Arrozeiros Regionais (Federarroz), Alexandre Velho, credita parte desse sucesso à ausência de intervenção governamental no mercado e à queda nos preços da soja, que tornou o arroz uma cultura mais atrativa.

O papel do livre mercado

Velho ressalta que a liberdade de mercado trouxe mais segurança aos produtores de arroz, permitindo que eles ajustassem suas estratégias de plantio sem interferência direta do governo. “Ao deixar o mercado seguir livre, o governo proporciona mais segurança ao produtor”, afirma. Esse ambiente favorável, somado aos preços menos competitivos da soja, levou muitos produtores a expandirem suas áreas de plantio de arroz.

De fato, metade dos produtores de arroz também planta soja, e a recente queda nos preços desse grão fez com que muitos priorizassem o cultivo de arroz, uma vez que o valor de mercado está mais vantajoso. “A tendência é que a área de plantio de arroz avance sobre aquela que normalmente seria destinada à soja, principalmente no sul do Estado”, comenta Velho.

Clima e vocação gaúcha para o arroz

Além do ambiente de mercado, as condições climáticas do Rio Grande do Sul também desempenham um papel crucial no sucesso da produção. O inverno rigoroso da região é um grande aliado dos agricultores no controle de pragas, o que contribui para a produtividade da safra. “O nosso inverno é um fator fundamental, pois controla naturalmente muitos insetos e pragas, algo que não ocorre em outros estados com clima mais quente”, explica Velho.

Esse diferencial climático permite que os produtores gaúchos utilizem menos fungicidas nas lavouras. Enquanto no Rio Grande do Sul os agricultores aplicam entre um e três tipos de fungicidas, estados como Goiás, que enfrentam condições climáticas mais quentes, precisam usar entre oito e doze produtos semelhantes. “Essa característica climática é o que define a vocação do Rio Grande do Sul para a safra de arroz”, reforça Velho.

Com um cenário de livre mercado estável e condições naturais favoráveis, o Rio Grande do Sul se consolida, mais uma vez, como o grande pilar da produção de arroz no Brasil, impulsionando a economia regional e nacional.

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