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quinta-feira, 10 outubro, 2024
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Eleições municipais cumprem etapa do plano da direita para comandar o Senado em 2027

Por Alexandre Gomes

As eleições municipais de 2024 marcaram um avanço significativo da direita no cenário político brasileiro, com o Partido Liberal (PL) e seus aliados consolidando sua força em todo o país. Sob a liderança de Jair Bolsonaro, o PL e partidos conservadores como PP, Republicanos, Novo e União Brasil traçaram uma estratégia clara: usar o sucesso nas prefeituras como trampolim para uma ofensiva nas eleições de 2026, focada especialmente na conquista do Senado.

O grande objetivo é garantir a maioria no Senado e, assim, ter o controle sobre uma das casas mais estratégicas do Congresso Nacional. As duas vagas ao Senado em cada uma das 27 unidades da federação serão cruciais para isso, com uma disputa que promete ser acirrada e de alta relevância para o futuro do país. O controle do Senado permitirá à direita não apenas influenciar a agenda legislativa, mas também contrabalancear o ativismo judicial e realizar, se necessário, processos de impeachment contra ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), como observam diversos analistas.

Jair Bolsonaro, mesmo após a saída em 2022, permanece como a figura central na política nacional, com forte influência sobre a base conservadora e significativa presença nas capitais do país. A eleição de prefeitos e vereadores, especialmente nas maiores cidades, solidifica essa base de apoio, demonstrando que o ex-presidente continua sendo um líder de peso dentro do espectro político conservador.

O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, celebra o fortalecimento do partido e da direita em geral, destacando que a jornada para 2026 apenas começou. O crescimento do PL nas eleições municipais, com a conquista de mais de 500 prefeituras e milhões de votos, demonstra a força que o partido ganhou desde 2022, quando formou a maior bancada na Câmara dos Deputados. Além disso, a performance expressiva em capitais como São Paulo e Rio de Janeiro sublinha o apelo do partido nas regiões mais influentes do país.

Com nomes de peso já cotados para disputar o Senado, como a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro e o deputado Nikolas Ferreira, a direita se prepara para travar uma batalha que pode definir os rumos do Brasil nos próximos anos. Ferreira, inclusive, reforça a importância estratégica do Senado, destacando que será o principal foco para 2026, devido à necessidade de enfrentar o atual cenário político, que ele considera dominado por uma Justiça ativista.

Para especialistas, o desafio da direita agora é administrar essa vantagem obtida nas urnas. O cientista político Ismael Almeida argumenta que a direita já estabeleceu bases sólidas, precisando apenas gerir com cuidado o capital político conquistado. O futuro das eleições de 2026, portanto, dependerá da manutenção dessa vantagem e da escolha de candidatos fortes e unificados para o Senado.

A conquista do Senado, segundo os estrategistas da direita, é crucial não apenas para frear os avanços do governo de esquerda de Lula, mas também para assegurar uma governabilidade pautada nos valores conservadores. O papel do Senado como uma arena capaz de equilibrar o poder Executivo e o Judiciário torna essa meta ainda mais significativa para o PL e seus aliados.

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