Os preços das carnes registraram uma alta expressiva em setembro, com aumento médio de 2,97%, a maior desde dezembro de 2020, segundo dados do IBGE. Os cortes que mais subiram incluem o contra-filé (3,79%) e a carne de porco, patinho e costela (3%). Esse aumento reflete uma combinação de fatores, como a seca que prejudica a criação de gado e o menor número de abates, além do período de entressafra.
A arroba do boi gordo, por exemplo, subiu de R$ 238,33 no fim de agosto para R$ 268 em setembro, uma alta de 12% em um mês, segundo o Cepea. Especialistas apontam que as condições climáticas adversas, como a seca e queimadas, têm afetado pastagens e forçado os produtores a utilizarem mais ração para alimentar o gado, o que impacta diretamente os preços.
O impacto tem sido sentido pelos consumidores, como a aposentada Eliane Silva e o auxiliar de cozinha Francisco Leite, que relataram a redução no consumo de carne devido aos preços elevados, substituindo-a por opções mais acessíveis como frango, carne de porco e ovos.