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segunda-feira, 25 novembro, 2024
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Presidente de Taiwan reafirma soberania da ilha e responde à China: “nunca foi e jamais será um país”

Por Alexandre Gomes

A tensão entre Taiwan e China se intensificou nesta quinta-feira (10), após declarações do presidente taiwanês, William Lai, que reafirmou a soberania da ilha durante um evento em comemoração ao Dia Nacional. As palavras de Lai foram rapidamente criticadas por Pequim, que reiterou sua posição de que Taiwan “nunca foi um país, nem será jamais”.

Durante uma coletiva de imprensa, a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Mao Ning, condenou as declarações de Lai, alegando que elas buscam “romper os laços históricos” entre a China continental e Taiwan. Mao destacou que a ideia de que ambos os lados do estreito pertencem a uma só China é um “fato objetivo” que não pode ser alterado.

“A posição da China sobre Taiwan é irredutível”, afirmou Mao, ressaltando que qualquer tentativa de independência é um “beco sem saída”. Ela acrescentou que a reunificação da China é “inevitável” e que a República Popular da China não tolerará que países apoiem movimentos separatistas em Taiwan. Mao fez um apelo aos políticos estrangeiros para que deixem de apoiar a independência de Taiwan, enfatizando que qualquer interação oficial com a ilha só aumentará a tensão.

Em seu discurso, William Lai descreveu Taiwan como uma terra de “liberdade” e “democracia”, afirmando que a ilha não está subordinada à China. O presidente expressou seu compromisso em proteger a soberania de Taiwan contra qualquer tentativa de anexação, ressaltando a importância de manter a paz e a estabilidade na região.

Lai também manifestou sua disposição para cooperar com a China em áreas como mudança climática e segurança regional, ao mesmo tempo em que defendeu a igualdade e dignidade de Taiwan. No entanto, suas declarações anteriores, nas quais afirmou que Taiwan é um “país soberano e independente” e que a República Popular da China não pode ser vista como a “pátria-mãe” dos taiwaneses, geraram descontentamento em Pequim.

Nos dias que antecederam o discurso, a China aumentou a pressão militar sobre Taiwan, realizando duas patrulhas conjuntas no Estreito de Taiwan nos últimos cinco dias, em resposta às declarações provocativas do presidente taiwanês. A situação continua a ser um ponto crítico nas relações entre a ilha e o regime chinês, com o futuro da soberania de Taiwan ainda incerto em meio às crescentes tensões.

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