O gripo terrorista Hezbollah, que ainda não fez qualquer comentário, disparou mais foguetes contra o norte de Israel. Na última noite, foi mobilizado um quarto contingente militar israelita para operações terrestres no sul do Líbano.
O exército israelita afirma ter matado Suhail Husseini, o comandante do quartel-general do Hezbollah, num ataque a Beirute, na noite de segunda-feira.
Segundo Israel, Husseini “desempenhou um papel crucial na transferência de armas entre o Irã e o Hezbollah” e foi responsável pela distribuição das armas às várias unidades do Hezbollah.
Husseini estava também “envolvido no orçamento e na gestão lógica dos projetos mais sensíveis da organização, incluindo o plano operacional para a guerra”, acrescentaram as forças israelitas.
Husseini terá ainda coordenado ataques contra Israel pelo Líbano e pela Síria, além de ter sido membro do Conselho da Jihad, o organismo que reúne altos dirigentes terroristas do Hezbollah.
O grupo libanês não confirma, para já, a morte de Husseini.
Foguetes contra o norte de Israel
O Hezbollah diz ter disparado mais foguetes contra várias localidades do norte de Israel durante a última noite.
O grupo terrorista afirma ter atingido posições de artilharia israelita em Dishon e Dalton, bem como em Yir’on, perto da fronteira libanesa.
Na segunda-feira, o Hezbollah afirmou ter atacado uma base militar perto de Telavive, tendo Israel confirmado que a organização xiita libanesa disparou cerca de 190 foguetes contra o seu território na segunda-feira.
Mais soldados israelitas no Líbano
Enquanto prossegue a campanha de bombardeamentos aéreos contra o sul de Beirute, Israel mobilizou na noite de segunda-feira um quarto contingente militar para o sul do território libanês.
As forças armadas israelitas anunciaram que a 146.ª Divisão de Reserva iniciou na segunda-feira operações terrestres no sul do Líbano.
De acordo com o Times of Israel, o número total de soldados de Israel destacados no Líbano deverá ultrapassar os 15 mil.
Até agora, a ofensiva israelita no Líbano estava concentrado no lado oriental da fronteira com o Líbano, mas a campanha militar alarga-se a sudoeste.
As forças de Israel estão a empreender “atividades operacionais limitadas, localizadas e direcionadas” contra “alvos e infraestruturas terroristas do Hezbollah no sudoeste do Líbano”.
O exército israelita emitiu avisos à população do Líbano para que deixe as suas casas e se dirija para norte do rio Awali.
O governo libanês avança que pelo menos 1,3 milhões de pessoas, mais de um quinto da população do país, foram deslocadas das suas casas devido à intensificação dos bombardeamentos perpetrados por Israel.
Irã para Israel: “Responderemos a qualquer ataque“
O ministro iraniano dos Negócios Estrangeiros, Abbas Araghchi, avisou Israel para “não pôr à prova” a determinação de Teerã, perante a possibilidade de ataques israelitas em resposta à investida do Irão da semana passada.
“Os nossos mísseis podem atingir todos os seus alvos. Responderemos a qualquer ataque às nossas instituições ou infraestruturas”, afirmou Araghchi durante uma conferência em que se discutiu o impacto do ataque do Hamas a Israel a 7 de outubro de 2023.
O Irã diz que continuará a apoiar a causa palestiniana tendo em vista a criação do seu próprio Estado. A propósito do ataque israelita que matou o líder terrorista do Hezbollah, Hassan Nasrallah, Araghchi deixa claro que a “resistência” a Israel não se baseia numa única pessoa..
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, prometeu continuar a lutar contra os inimigos do país durante uma cerimónia que assinalou os ataques terroristas do Hamas de 7 de outubro do ano passado.
“O dia 7 de outubro simbolizará para as gerações o custo do nosso renascimento e demonstrará como estamos determinados e como o nosso espírito é forte”, declarou Netanyahu.