Membros do grupo militante abriram fogo em uma avenida e uma estação de trem em Tel Aviv na noite de terça-feira
A ala militar do grupo militante palestino Hamas reivindicou autoria nesta quarta-feira, 7, do ataque a tiros que deixou sete mortos e diversos outros feridos nos arredores de Tel Aviv na noite de terça.
Segundo o grupo, os dois agressores, que abriram fogo em uma avenida e uma estação de trem em Jaffa, na parte sul de Tel Aviv, na noite de terça-feira, eram combatentes do Hamas nascidos em Hebron, na Cisjordânia. Os dois homens foram mortos por agentes de segurança.
Imagens mostram os dois homens armados, apontados como Muhammad Chalaf Sahar Rajab e Hassan Muhammad Hassan Tamimi, saindo da estação de trem enquanto disparavam. Acredita-se que 10 pessoas ficaram feridas, duas delas em estado crítico.
Israel e o Hamas travam uma guerra desde os ataques do grupo contra território israelense em 7 de outubro do ano passado. Cerca de 80% dos 2,3 milhões de habitantes da Faixa de Gaza foram deslocados durante uma operação de Israel, iniciada após os ataques, de acordo com dados da ONU. Ao menos 41.534 palestinos morreram durante a ofensiva, segundo o Ministério da Saúde de Gaza, enquanto o Exército israelense afirma que cerca de 1.700 israelenses morreram.
O episódio de terça-feira ocorreu pouco antes do Irã lançar cerca de 180 mísseis contra Israel como forma de retaliação às mortes de líderes da milícia libanesa Hezbollah, financiada pelo governo iraniano, e do grupo palestino radical Hamas na última semana. Alguns dos foguetes causaram ataques diretos em áreas do centro e do sul no território israelense.
“Fizemos muitas interceptações (…) Há alguns impactos no centro e alguns a mais no sul. Ainda estamos avaliando a situação”, disse o porta-voz das Forças de Defesa de Israel (FDI), Daniel Hagari.
Israel lançou os ataques aéreos mais intensos contra o Líbano desde a guerra de 2006, contra o Hezbollah, há duas semanas. A instabilidade na região foi agravada após uma série de pagers, principal forma de comunicação da milícia libanesa, e walkie-talkies, que destruíram o Líbano, em ataque designado ao governo israelense.
Foi o estopim de meses de trocas de tiros, desde o início da guerra em Gaza, em 7 de outubro do ano passado, quando uma milícia libanesa iniciou ataques de solidariedade ao povo palestino.