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quinta-feira, 3 outubro, 2024
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Bolsonaro cumpre promessa e reforça candidatura de Ramagem no Rio

Por Alexandre Gomes

Jair Bolsonaro (PL) desembarca no Rio de Janeiro com uma agenda intensa ao lado do deputado federal Alexandre Ramagem (PL), numa tentativa de levar a disputa pela Prefeitura para o segundo turno.

A estratégia, apelidada de “Bolsonaro Week”, é um movimento crucial para Ramagem, que começou a campanha com alto nível de desconhecimento, mas vem ganhando tração entre os eleitores bolsonaristas. Bolsonaro dedicará os últimos dias da campanha ao Rio, focando em ampliar o apoio a Ramagem. Essa aliança reforça a força política da direita no Rio, uma base onde Bolsonaro venceu com ampla margem em 2022 e pretende consolidar sua influência.

Direita em ascensão e o fortalecimento de Ramagem

A chegada de Bolsonaro à campanha de Ramagem reforça o poder de mobilização do ex-presidente e sua capacidade de atrair eleitores conservadores. Desde o início, Ramagem teve apoio de membros importantes da família Bolsonaro, como o vereador Carlos Bolsonaro e o senador Flávio Bolsonaro. Agora, com a presença direta de Jair Bolsonaro e a primeira-dama Michelle Bolsonaro, a campanha ganha um novo impulso, especialmente entre o eleitorado evangélico, um dos principais redutos de apoio a Bolsonaro.

Apesar de o prefeito Eduardo Paes ainda ter uma vantagem em diversos segmentos, Bolsonaro está empenhado em reverter esse cenário, especialmente em atrair o eleitorado que se identifica com os valores conservadores e que, até agora, não havia se mobilizado de forma expressiva em torno de Ramagem.

Críticas ao distanciamento de Paes e Lula

A postura de Eduardo Paes durante a campanha também levanta questionamentos. Paes, que esteve ao lado de Lula em 2022, agora tenta se distanciar do presidente petista, evitando nacionalizar sua campanha. Embora tenha recebido apoio de Lula, o prefeito manteve o presidente longe de sua campanha, um contraste evidente com a aproximação que ele teve na última eleição.

A estratégia de Paes de se descolar de Lula, ao mesmo tempo em que tenta manter parcerias com o governo federal, tem sido alvo de críticas tanto da esquerda quanto da direita. Sua tentativa de neutralizar o impacto da figura de Bolsonaro no pleito pode ser vista como um sinal de fraqueza ou falta de convicção, especialmente em comparação com a postura incisiva do ex-presidente em apoiar Ramagem.

Bolsonaro: firme no embate contra à esquerda

A promessa de Bolsonaro em 2022, de dar o troco em Paes, finalmente se materializa. Na época, o ex-presidente acusou o prefeito de traição, após ele apoiar abertamente Lula na corrida presidencial. Durante um ato na zona oeste do Rio, Bolsonaro não mediu palavras: “Vai ter o troco em 2024”, disse, referindo-se ao prefeito como “vagabundo” e “mentiroso”.

Agora, Bolsonaro volta ao Rio de Janeiro com um objetivo claro: enfraquecer o domínio de Paes e reforçar a força política da direita na capital fluminense. A presença do ex-presidente, com sua alta popularidade entre os eleitores mais conservadores, promete um embate acirrado até o último momento da campanha.

Ramagem e a ascensão da direita

A candidatura de Alexandre Ramagem representa uma nova fase da direita no Rio de Janeiro. Com o apoio de Bolsonaro, ele se posiciona como a principal alternativa conservadora ao projeto de Paes, que, segundo seus críticos, se alinha demasiadamente com o governo federal petista. Bolsonaro, por sua vez, vê em Ramagem a oportunidade de consolidar a base política no Rio de Janeiro, um ponto estratégico para o movimento conservador no país.

Com a reta final da campanha focada na capital fluminense, a expectativa é de que Ramagem consiga aumentar ainda mais suas intenções de voto e forçar o segundo turno. Para a direita, essa é uma chance de ouro para retomar o controle de uma das cidades mais importantes do Brasil, reafirmando a força política de Bolsonaro e sua capacidade de mobilização mesmo fora da Presidência.

Um embate decisivo

Enquanto Eduardo Paes busca neutralizar a influência de Bolsonaro e manter sua liderança, a entrada vigorosa do ex-presidente na campanha de Ramagem pode mudar o rumo da eleição. O embate entre Paes e Bolsonaro simboliza mais do que uma disputa local; é um reflexo do confronto nacional entre a esquerda de Lula e a direita de Bolsonaro, cujas ramificações vão além da Prefeitura do Rio de Janeiro.

Com a “Bolsonaro Week” em pleno andamento, as próximas horas serão cruciais para Ramagem e seus aliados conservadores. O resultado dessa estratégia pode muito bem definir os rumos da direita na capital fluminense e no cenário político brasileiro como um todo.

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