A taxa de letalidade violenta e as mortes resultantes de intervenções policiais apresentaram uma queda significativa em 2024, atingindo os menores índices registrados nos últimos 34 e 9 anos, respectivamente.
Dados recentes do Instituto de Segurança Pública (ISP) revelam que, entre janeiro e agosto, as polícias Civil e Militar do Rio de Janeiro apreenderam 520 fuzis, o maior número para esse período desde o início da série histórica, em 2016. Em média, dois fuzis foram retirados das ruas por dia pelas forças de segurança estaduais, marcando um aumento de 10,2% em relação ao mesmo período de 2023.
O governador Cláudio Castro celebrou esse marco, ressaltando que as apreensões de armas de guerra refletem o cenário perigoso em que as polícias atuam e a necessidade de colaboração federal para interromper o fluxo de fuzis, que não são produzidos no estado. No mês passado, o governo pagou R$ 2,5 milhões em bonificação aos policiais que realizaram 500 dessas apreensões.
Além disso, os crimes contra a vida, como homicídios dolosos e mortes por intervenção do Estado, caíram significativamente. O indicador de Letalidade Violenta teve uma redução de 14,7%, chegando ao menor patamar desde o início da série histórica em 1991, com 2.523 vítimas. As mortes causadas por ações de agentes do Estado caíram 25,8%, marcando o menor número desde 2015. Homicídios dolosos também tiveram uma queda de 12,7% nos primeiros oito meses, registrando os níveis mais baixos em 34 anos.
No campo dos crimes contra o patrimônio, os roubos de carga caíram 24%, atingindo o menor número de ocorrências desde 2010. Houve ainda um aumento na produtividade policial, com o cumprimento de 10.409 mandados de prisão, um crescimento de 25,7%, além de 28.756 prisões em flagrante, representando um aumento de 12,9%.